Capítulo 46

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"Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém,
pelas gazelas e cervas do campo,
que não acordeis, nem desperteis o amor,
até que este o queira."- Cânticos 3:5

Àquele momento do dia, o sol aquecia a terra que permaneceu úmida por longas horas

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Àquele momento do dia, o sol aquecia a terra que permaneceu úmida por longas horas.

O céu ofereceu uma trégua aos moradores de Beaumont, oferecendo os últimos raios de dia, uma "boa noite" do Rei do universo para suas amadas criações. Ele sempre demonstrou seu interesse, preocupação e especialmente, o amor, por atitudes. Deseja que seus filhos pudessem ler as entrelinhas do que seus olhos podiam alcançar e assim, enxergarem o que havia por trás de véus e panos de fundo, o que estava além das paredes da Via-Láctea.

Helena puxou o fôlego, aspirando ao máximo o aroma da terra molhada, das flores, algumas cobrindo o chão de amarela como um belíssimo tapete. Beaumont era um lugar impressionante, fora e dentro do castelo, especialmente esta segunda, mas há muitas gerações, reis escolheram um local especial para se alocar, esperava-se que pudessem ter o seu próprio paraíso particular.

Helena tinha alguns compromissos mais cedo, porém o problema do seu cá não estava apenas no sabor, também estava envenenado, palavras do médico real, Joshua. Ao que parecia, ela misturou o chá calmante com resíduos de uma planta ornamental e tóxica, o resultado disso foi algumas horas vomitando e infinitos chás por longas horas até conseguir melhora.

— Deveríamos deixar você o mais longe possível da cozinha.— Sofia ofereceu um pouco de água à rainha. Era uma cena rara de ver, dois reis e dois príncipes andando nas redondezas, apenas aquecendo a pele, aproveitando os raios quietos e cálidos de sol. Mas o que havia para ser dito? Era um dia atípico.

— Lorenzo não passou mal, então não me olhem desse jeito. Ela sabia que o bolinho não era exatamente uma boa defesa, afinal, ela deveria ter imaginado que o cheiro diferenciado era indicativo que não havia apenas uma categoria de folha como ela pensou.

O marido não estava feliz, certamente deixou o bom humor em algum canto do castelo, provavelmente na sala onde ela começou a vomitar. Não falou nada com ela durante o resto do dia enquanto passava mal, o porquê disso ela não sabia. Ela vomitou, porém, ele quem tomou para si os maus ânimos.

— Se tivesse aceitado ajuda isso não teria acontecido.— resmungou ao lado dela.

— Não fique tão chateado, Lorenzo - agarrou seu antebraço, não o curou a carranca — fui eu quem vomitou, lembra? Por qual razão é vossa majestade que parece chateado?

— Nós vamos entrar primeiro e pedir uma refeição mais leve para Helena, não demorem muito. — Sofia puxou o marido rapidamente para o mais longe que podiam. Estava certa que aquele momento era a situação de discussão íntima.

Lorenzo soltou um pequeno suspiro, decidiu falar quando os amigos desapareceram porta à dentro.

— Penso que não se preocupa consigo mesma. E isso me deixa bastante apreensivo.

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