Capítulo 6

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— Helena, você está mesmo bem? Lana pôs a mão na testa da princesa

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— Helena, você está mesmo bem? Lana pôs a mão na testa da princesa. Estava totalmente indignada com as atitudes dela, como  poderia se mostrar tão aberta e tão fácil para aquele homem? Sendo ela sempre tão inteligente, como poderia estar cedendo a beleza de Lorenzo? Só podia ser pela beleza, não havia outra razão, havia? De algum modo, nenhuma das coisas que imaginava fazia sentido. Não acreditava que sua amiga pudesse ser tão fútil. Não, a princesa tinha um perfil mais simplista, a pesar de sua alta posição e privilégios. Podia ser ingênua, mas não em pontos tão sérios.

Helena teve certeza naquele momento que SE Lana tivesse por perto na noite anterior, onde conversava com Lorenzo, não teria conseguido falar sequer um "oi". Sabia que era o seu trabalho cuidar dela, de sua imagem, mas qualquer um com bom senso perceberia o exagero. Ela não era uma boneca de porcelana.

— Lana, voltaremos para casa amanhã mesmo, poderia ao menos fingir que não está horrorizada. É uma total falta de educação o que está fazendo.

Lana pôs a mão no peito ofendida. Não era ela a assassina cruel. Mas em uma coisa Helena estava certa, não deveria deixar seu descontentamento tão nítido.

A jovem de cabelos castanhos andou um pouco mais rápido, na tentativa de deixar Lana para trás, falhou completamente.

— Alteza, não acha que suas roupas estão informais demais?

Descendo as escadas Helena lançou um olhar ameaçador para Lana. Era um claro aviso para ela parar.

— Por acaso acha melhor andar à cavalo com um vestido bufante? Qual é o problema, Lana?— sussurrou a última frase. Estava começando a ficar realmente irritada com a dama de companhia, não sabia porque ela estava agindo de modo tão mesquinho. Se perguntava se não estava tendo liberdade demais ou se descuidando, mas esse fosse o caso Lana também não estava sendo equilibrada. Talvez fosse um pouco dos dois. Soltou um suspiro nervoso. Estava abdicando as normas de etiquetas e comportamental real desde o momento em que cruzou o caminho Lorenzo naquela palácio, concluiu.

— Helena, não conhecemos essas pessoas, ele pode ser bonito, aliás muito, muito, muito bonito, mas— já no fim das escadas Lana enroscou seu braço em Helena.— não vale a pena firmar uma aliança tão importante apenas pela beleza.— Convenhamos, ele pode até ser bonito por fora, mas por dentro não há proveito nenhum, não se deixe levar por um par de olhos bonitos.

Helena arqueou as sobrancelhas. Não sabia se estava mais indignada ou mais supresa. Já havia sido ruim o bastante Lana falar com certeza absoluta sobre o caráter de alguém que sequer chegou a dizer "bom dia", mas era o cúmulo afirmar que ela estava aceitando conversas e passeios por ele ser um homem bonito. Como se ela fosse tão superficial. Sua melhor amiga a considerava banal o suficiente para olhar apenas para a beleza exterior de alguém, sem ater-se à ela como um todo.

Que a verdade fosse dita, ela não sabia quem realmente era Lorenzo de Andorra. A questão de pensar em uma  aliança podia ser perdoada, Lana não tinha uma real conhecimento sobre o que estava acontecendo com o rei Isor ou o reino, diferente de Hector.

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