Capítulo 56

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Helena olhou sua imagem no espelho mais uma vez

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Helena olhou sua imagem no espelho mais uma vez. Perdeu um pouco de massa muscular, mas nada desesperador nos últimos dias. Já era incrível demais o seu ótimo processo de recuperação. Graças a isso, poderia por sua coroa naquele momento.

O saguão do prédio começava a ficar movimentado. Nobres e parlamentares moviam-se de um lado para o outro terminando suas próprias audiências para então comparecer ao importante julgamento do dia: tráfico humano e atentando a vida da rainha. Homens vestidos em trajes formais como ternos escuros ou vestes nobres, atravessavam o mais rápido possível, homens e mulheres visivelmente tensos e estressados, impacientes.

Pudera.

Precisaram esperar uma nota de esclarecimento quanto às providências a serem tomadas pelo rei durante sete dias. Não tinham o desejo de pressionar o líder, mas estavam confusos quanto às falácias percorrendo todo o país. Tudo que os nobres receberam foi uma carta de convocação para um julgamento decisivo. Lá estariam reunidas as figuras mais importantes e influentes de Andorra. Não era seu primeiro momento reunida entre tantas pessoas. Sua língua cansou de cumprimentar cada um deles em seu casamento, mas diferente daquele dia festivo, havia um brilho perigoso nos olhos deles. A pessoa mais tranquila que viu ali fora Sofia. Prova disso era a sua serenidade parada em frente ao grande espelho do Prédio do Concílio, tirando os fios que voavam para o lado errado da repartição na carruagem.

Alguns passavam e olhavam com curiosidade a cena. Especialmente porque Helena estava ali. Os boatos diziam haver tempos ela estava à beira da morte, por isso o rei se recusava a sair do lado dela. Uma mulher quase morta não deveria estar em cima de um salto ultrapassando nove centímetros, ou trajando vermelho vivo adornada de ouro, tanto no tecido quanto nos anéis em seus dedos, porém para não exagerar nas joias pós uma pequena tira em cordas de ouro caindo como cascatas em seu cabelo e uma pequena pedra de diamante no centro da testa. Apesar de o vestido estar justo na cintura, a saia feito de grosso tecido era espessa e as mangas apertavam apenas seus ombros e cobriam com liberdade os braços até alcançar o pulso, foi escolhido especialmente para não apertar o curativo e escondê-lo.

Alguns curiosos ao lado de fora aproveitavam as janelas para observar o que aconteceria ali, quando identificaram a rainha, correram para contar aos outros sobre ela e como parecia saudável. Era muito raro Helena fazer aparições. Não era como Lorenzo que perambulava pelo país inteiro, então vê-la era uma novidade.

— Odeio essas reuniões. Você viu como aquelas mulheres passaram? Se Lorenzo não decapitar Dária, decerto há pessoas prontas para fazê-lo.— girou o corpo visando enxergar melhor como seu vestido preto estava. Ao redor, os soldados atentos impediam qualquer aproximação apenas com seus olhares ameaçadores. Formavam uma barreira difícil até mesmo de enxergar por completo as duas, porém as cores, especialmente o vermelho, chamavam a atenção. — Aliás, como ele está? Não o vejo desde a noite de ontem.

— Somos duas. — cruzou os braços na altura do estômago. Não demorou para se arrepender. A leve dor no braço esquerdo logo apontou.

— Vocês não estão dormindo no mesmo quarto? — no dia anterior Tarkin a liberou do quarto provisório, mas se alojou no andar de baixo. Apesar dela se sentir bem e não haver normalidades, ele não pretendia arriscar.

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