Capítulo 70

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"(...)Pois o que homem plantar, isso também colherá"- Gálatas 6:7

— Por seus crimes, sua vida nos pertence — ditou Lorenzo calmamente, — por atentar contra a casa Beaumont pagará com a sua vida, por incitar a morte de Isobel Hardim será punido

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— Por seus crimes, sua vida nos pertence — ditou Lorenzo calmamente, — por atentar contra a casa Beaumont pagará com a sua vida, por incitar a morte de Isobel Hardim será punido.

— Você morrerá transpassado, assim como fez a Rebeca Beaumont. — pronunciou Aaron.

— Você será empalado, em Lanka, mas antes disso saiba, você será tratado por mim. — pronunciou Lorenzo após a sentença curta de Aaron. Ele sabia, Aaron não restringiria o homem que matou sua noiva a algo tão trivial. Também não fazia parte dele revelar seus métodos.

Helena apertou o joelho sobre o tecido grosso do seu vestido. Tudo parecia desenrolar-se tão bem que a assustava. Isor não disse uma palavra, não agiu como o tolo arrogante e presunçoso que era, aceitou sua pena sem reclamar de cabeça baixa. A algazarra do dia anterior, Bijay tentando defender-se outros nobres, tentando interferir no julgamento não apareceram. O príncipe de Habaque foi sentenciado à morte por envenenamento, ele chorou, lágrimas grossas caíram de seus olhos ele se colocou de joelhos e pediu perdão por seus crimes não confessados até aquele momento, implorou por uma segunda oportunidade, mas Lorenzo deixou evidente, não haveriam oportunidades de remissão, o dia anterior poderia ter mudado seu destino, mas ao invés de escolher corretamente ele disseminou informações verdadeiras e falsas no intuito de ferir a honra dos que estavam presentes, aquele não era mais o momento para retroceder em suas decisões. Dária, levada como testemunha, não seria enterrada no solo de Andorra, seu corpo se decomporia em solo neutro, porque ela não tinha parte de terra alguma, mesmo para guardar um corpo em putrefação.

As últimas horas poderiam ser resumidas em homens e mulheres pronunciando pavorosas sentenças, sem nunca deixar a justiça de lado, porque deixar crimes como aqueles impune, era apoiar barbaridades. A morte poria um final nas vidas repletas de atitudes miseráveis, mas, não apagaria o mal causado. As mulheres prostituídas tiveram seu corpo e honra violados e não poderiam esquecer mesmo que conseguissem superar. Jovens tiveram seus dias roubados por ganância. Não havia defesa para isso. Mesmo chorando os opressores não estavam arrependidos, no máximo sentiam muito por serem descobertos. O tempo não retornariam para cada pessoa afetada. As crianças perderam a oportunidade de brincar e crescer sob proteção de pais ou de um lar adotivo — mesmo sendo um abrigo, seria infinitamente melhor que a escravidão, até onde Helena tinha conhecimento.

— Por que eu estou sendo incluído nessa história? Acaso há provas suficientes para acusar-me? — o duque Wellington foi o único a protestar. Isor negou ligação direta com o duque, então havia certa razão em suas palavras. A rainha de Luminus, a mulher mais ativa naquela reunião movia algumas notas escritas durante a reunião, lançou um olhar furiosa, abriu os lábios, mas foi Helena quem decidiu falar.

— Obstrução de justiça, duque.

— Se a sua língua não é útil nada mais justo que arrancá-la de você, certo?— complementou Aaron com um curto sorriso anunciando pela segunda vez a sentença do homem.

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