Capítulo 8

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O burburinho ficava cada mais alto aos ouvidos de Helena

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O burburinho ficava cada mais alto aos ouvidos de Helena. Seria uma discussão? Fosse o que fosse, tinha de ser bom ou importante o suficiente para tirarem-na do seu confortável sono.

— Acorda, Helena! Sabia que dormir demais é prejudicial?

A voz de Lana antes distante, ficou próxima demais. Helena soltou um suspiro descontente. Estava acordada. Olhou pela janela, constatou que era noite.

— Ótimo. Vem, você precisa se alimentar.

— Estou ótima, Lana.— coçou os olhos.— Não preciso comer.

— Deixou de ser humana enquanto ibernava?— pôs as mãos na cintura.— Se ainda for humana eu tenho certeza que precisa comer. Aproveita que a cozinheira de Andorra preparou umas comidas deliciosas e acredite, — jogou as cobertas para o lado.— são deliciosas.— Puxou as mãos da amiga.— Vem logo antes que os soldados acabem com ela.

E assim saiu Lana puxando a princesa com o rosto e cabelo completamente amassado. Numa espécie de salão mal iluminado soldados comiam alegremente, tanto os de Albânia quanto de Andorra e para a surpresa de Helena o rei também estava junto. Não gargalhava ou sentava diretamente no piso como os outros, porém sorria e falava com os únicos dois homens que o acompanhavam. Então ele era não era um rei tão reservado? Era uma grande surpresa estar numa sala com aquela quantidade de pessoas e não estar incomodado por isso. Como ele tinha adquirido a fama de um homem sombrio?

Helena foi pêga no flagra o encarando. Os olhares se encontraram e ele aproveitou para chamá-la com um aceno de mão.

Então a grande princesa Helena tinha um novo "amigo" e não um simples amigo e sim um rei de um vistoso país— observou Hector do outro lado do salão.—Era chegado o seu momento de perturbar a sua querida amiga — sorriu maliciosamente, já arquitetando seus planos.— Em sua mente, algo estava acontecendo ali e se não estivesse, iria acontecer. Por breves segundos perguntou qual terno deveria usar em um casamento real. Mordiscou algum legume, que julgou ser brócolis.

Lana e Helena sentaram-se juntas nas almofadas. Discretamente a princesa olhou para Lana. Diferente do que pensava, ela não aparentava entojo ou  desconforto. Na realidade parecia tranquila sentado aos redor de homens de Andorra.

Um dos soldados serviu as duas com pratos de sopa.

— Majestade, essa é Lana, a minha dama de companhia. Nos conhecemos há muitos anos.

Lana curvou a cabeça rapidamente em seguida sorriu cortês.

— Esses são os meus guardas, Tecan e Jhon.— apontou para os dois homens que o acompanhavam.

Ambos curvaram a cabeça, assim como Lana.

— É um prazer conhecê-los.— os lábios de Helena curvaram-se minimamente num educado sorriso.

O mais jovem, Jhon, tossiu engasgado. Seus cabelos eram castanhos, sua pele cor de bronze adiquiriu alguns tons mais rosado nas bochechas. Seus olhos verdes encontraram pareciam atentos ao rosto da princesa. Aparentava ser mais jovem que Helena ou ter a sua idade, mais provável que fosse mais jovem.

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