Capítulo 52

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❗AVISO❗ 

Esse capítulo pode conter gatilhos como de violência e abuso, se for sensível eu aconselho a não ler, apesar de não deixar tão explícito é melhor evitar. No final desse capítulo vou deixar um resumo básico só para você não se perder tanto quando lançar o próximo capítulo.

 No final desse capítulo vou deixar um resumo básico só para você não se perder tanto quando lançar o próximo capítulo

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Helena puxou o fôlego com força, o coração palpitava velozmente. Seu pulmão não conseguia acompanhar tamanho esforço cardíaco projetado pelo inconsciente. Não importa quanto tempo passasse, ninguém jamais se acostumaria com uma noite agitada na própria mente. Ninguém jamais admiraria a perda de controle durante o sono, a incapacidade de controlar a enxurrada de lembranças.

A pequena versão de Helena cobriu a boca ajoelhada sobre as próprias pernas. Havia mais alguém, o alguém que ela abraçava com força, escondendo o rosto do menino em seu abraço. Tirou a mão da boa apenas para cobrir os ouvidos do menino que chorava em silêncio.

— O que é isso? — o hálito horrível soprou em seu rosto. A mão suja de sangue tocou seu cabelo. O homem puxava as mechas para si, sorria, divertia-se com aquela cena. Não era divertido observar a casa Hardim e Beaumont cair tão gradativa e suavemente humilhante? Do outro lado da sala estava a bela moça loira dos olhos verdes, ela estava encolhida no canto da parede, nua, ensanguentada, humilhada, abusada.— Você está com medo menina? Não se preocupe. Estou mais interessado nessa coisinha que você abraça.

— P-por favor, ele é um bebê. Deixe-nos ir, por favor.

— Bebês crescem e se tornam uma dor de cabeça. Se tivessem morrido quando deveriam eu não seria forçado a realizar um trabalho tão enfadonho.

Esse era apenas mais um dia comum naquelas celas fétidas. Uma mulher que entregava o seu corpo para que as crianças não precisassem ser prejudicadas como era arquitetado por aqueles que aplicavam punições. Não poderiam ser chamados "humanos".

Durante a noite os gemidos sôfregos eram ouvidos, não da sua cela. O algoz permanecia naquela cela, enquanto o pequeno ser humano dormia aninhado na irmã mais velha, assim como ela, o soldado gostava de cantar. De acordo com ele, ela deveria dormir melhor após sua gentil canção de ninar.

" A casa estava acordada com sombras e monstros. Os corredores ecoavam e rangiam, eles estão vindo atrás de mim. Por favor, por favor, eu imploro as vozes que silenciem. Por favor, deem um fim nisso. "

Essa foi sua música de ninar por mais de um mês. Gemidos, choros, medo, pavor eram sua companhia. Mas tinha de admitir, se não fosse por aquela mulher de mãos esqueléticas, não suportaria muito tempo.

Ainda lembrava dos primeiros dias. Da primeira vez que conversaram.

Aos onze anos, não deveria estar preocupada com o local onde se encontrava. Não deveria se preocupar em suprimir o choro enquanto homens chicoteavam suas costas, tratando-a pior que um animal. A pequena Helena se encolhia num canto temendo os seus dois companheiros.

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