Capítulo 16

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" Mentira número um, você deveria ter tudo sob controle, e quando quando perguntam como você está, apenas sorria e diga a eles 'nunca melhor '; mentira número dois, a vida de todos é perfeita, exceto a sua, portanto mantenha as suas bagunças e suas feridas, e seus segredos com você a portas fechadas, mas que a verdade seja dita: eu digo, estou bem, sim, estou bem(...), mas eu não estou, estou quebrado " – Matthew West - Truth Be Told

Os pés de Helena aceleraram na direção da mesa onde havia papéis, livros e canetas

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Os pés de Helena aceleraram na direção da mesa onde havia papéis, livros e canetas. Era o que precisava. Sentou-se à mesa espalhando alguns papéis, todos referentes a acordos antigos. Passou as mãos pelo cabelo devidamente preso, agora com alguns fios revoltos graças ao movimento de suas mãos.

— Majestade, em que posso ajudá-la? Jhon surgiu como num passe de mágica, parado no batente da porta de vidro. Helena deu um leve assalto para o lado diante do susto. O que ele estava fazendo ali àquela hora da madrugada?

Horas haviam se passado desde do acordo feito com Lorenzo. O tempo transcorrido aparentava ter voado na velocidade da luz. Durante aquele tempo mobilizou mais guardas para procurar e Isor em razão da informação, possivelmente verdadeira. Aos seus olhos, a cada momento um novo problema surgia e infelizmente algo que não poderia ser resolvido imediatamente.

— Deveria estar dormindo, caso alguma aconteça, precisaremos de você para lutar. Há quanto tempo não dorme? — puxou mais alguns registros da prateleira.

Abaixo da ala principal do castelo havia uma biblioteca subterrânea, era a mais antiga do país, lá estavam guardados os registros mais antigos, é claro havia sido proibida de ir naquela parte do castelo durante todos os anos do reinado de Isor, porém lembrava das poucas vezes que Isobel a levou escondida para lhe contar história do reino. Nos últimos dias foi o lugar mais visitado.

Não sabia com o que ficar mais surpresa, registros e mais registros censurados ou deixá-los empoeirando, sem os cuidados necessários, deixado às traças. Jurou ver um rato pulando de uma das prateleiras inferiores quando esteve lá há alguns minutos.

Soltou uma lufada de ar, um tanto irritadiça.

— Meu trabalho ainda é estar com vossa majestade. — comunicou.— O que posso fazer essa madrugada?

Hector lhe veio a mente. Ele sempre foi absurdamente solícito, desde o momento que entrou no exército ainda como aprendiz. De início tanto ela como Lana torceram o nariz diante de suas atitudes protetoras e cheias de preocupação, pensavam que ele estava disposto a ser promovido sem esforço, porém com o tempo notaram a genuinidade em seus gestos.

Um sorriso brotou em seus lábios, lembrando da primeira vez que notou o olhar de pura admiração na direção da sua dama. Quase gritou de alegria naquele dia, afinal, era um sentimento recíproco. Dentre eles, era a mais nova, com alguns meses de diferença em relação a Lana e a Hector, três anos.

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