Capítulo 12

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"Se o sábio for ao tribunal contra o insensato, não haverá paz, pois o insensato se enfurecerá e zombará." – Provérbios 29:9

Existem momentos em que o mundo ao seu redor parece parar, uma confusão começa a se formar na mente, o cérebro parece enviar milhares de informações em frações de segundos para encontrar a melhor solução para determinada situação

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Existem momentos em que o mundo ao seu redor parece parar, uma confusão começa a se formar na mente, o cérebro parece enviar milhares de informações em frações de segundos para encontrar a melhor solução para determinada situação. Uma linha emaranhada se formava na mente de Helena deixando a turbulência ainda maior. Seus olhos automaticamente pousaram em Lorenzo, nenhum som foi emitido de seus lábios. Helen tentou, mas não conseguiu. 

"Caiu numa armadilha" — a frase dita por Lana ecoava de forma assombrosa em seus ouvidos e mente. Umedeceu os lábios nervosamente. Não sabia como reagir. 

Lorenzo, do outro lado da sala, atentava os olhos a jovem princesa, suspensa e estagnada diante da situação, podia ver a desconfiança estampada em seu rosto.

Jhon surgiu logo atrás de Lana, tinha suas vestes manchadas de sangue, não apenas ela, até mesmo o seu pescoço e partes do rosto estavam salpicados de vermelho unindo-se ao suor do rosto. 

Os olhos esbugalhados de Helena afirmavam a surpresa e espanto. Não era comum ver um homem sujando o chão com sangue. A preocupação lhe corroía sobremaneira. Se todo aquele sangue era de Hector... não estava disposta a pensar no que poderia acontecer. 

— Isor tramou contra ti, alteza, ele desejava saber o quão leal poderia ser em seu favor, até onde suas ideologias poderiam instigar suas ações. Mas ao que parece falhou neste teste. As palavras de Jhon penetravam seus pensamentos, deixando-os mais agitados. 

Como uma reação nervosa, os olhos de Helena piscavam irrefreados, como se, por alguma razão, pudesse raciocinar na mesma velocidade. 

— Eu não fiz nada para me ser atribuída uma falha tão grande.— engoliu em seco. Ao seu ver, estava certa em dizê-lo, mas temia, profundamente, ter entregado a cabeça de pessoas que amava por um deslize. 

— Você fez.— Lana secou mais uma vez as lágrimas.— foi até Andorra e o trouxe com você. Não estou dizendo que errou, porém — seus olhos fixaram nos olhos de sua irmã, transparecendo todo seu desespero, angústia e preocupação. — temo que tenha passado dos limites. 

"Limites"? Quão limites? Aqueles que impunham o que ela deveria fazer ou o que havia ultrapassado a lógica e cadeia hierárquica? 

"Não faz sentido", acusou sua mente. Não fizera nada para Isor deixar de confiar nela, a sua querida princesa. E qual era a razão de Hector estar ferido? Se estava fora do castelo como ele poderia saber dessas coisas?

— Não vejo grandes chances dessas informações serem verídicas, eu não consigo entender... eu...— parou de falar. Como algo naquela magnitude poderia acontecer? Gradualmente os cenários repassavam em sua mente montando um quebra-cabeças perfeito. 

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