Capítulo 69

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"Não procurem vingança nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o SENHOR."- Lv 19:18

— Você deve ser uma das pessoas mais estúpidas que eu tive o desprazer de conhecer

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— Você deve ser uma das pessoas mais estúpidas que eu tive o desprazer de conhecer. — disse Aurora observando o cuidado de Anelise ao colocar o emplastro no rosto de Aaron. O rei revirou os olhos. Ninguém perguntou a opinião dela sobre seu caráter, mas obviamente ela precisa insultá-lo de alguma maneira. Como se a sua presença já não fosse uma clara afronta. — Você não pode simplesmente dizer a um dos reis mais poderosos da nossos dias que se ele não conseguir matar a própria esposa você pode fazer por ele. — ele soltou um urro de dor. Ela não escondeu o riso de satisfação.

— Eu preciso concordar com Aurora, Aaron. Além disso, você não mataria Helena. Você causaria danos ao bebê, ela é minha amiga e eu seria afetada se você fizesse algo tão terrível, logo seu sobrinho ou sobrinha seria atingido e eu sei que não quer isso.

Estavam todos assentados no sofá da sala. Aurora estava sozinha, de pernas e braços cruzados no estofado frente ao seu, Anelise estava ao seu lado aplicando a pomada que Aurora gentilmente trouxe. Perguntava-se o que ela desejava desta vez. Nunca, em nenhum hipótese Aurora agia "gentilmente" se não esperasse algo em troca. O que ela desejava dessa vez? Já não fizera o suficiente por uma vida? Não, talvez fosse um pedido de desculpas por ousar envenenar sua água com erva desinterica. Ainda não acreditava no quanto ela conseguia pensar com os pés. Ela mudou de ideia antes mesmo de dá-lhe a água e ainda disse suas intenções. Tudo isso porque ele supostamente aproveitou-se da inocência de Anelise. Céus! Tudo que Anelise não tinha era inocência, mas não diria as particularidades promíscuas da mulher que considerava uma irmã. No fundo, tinha certeza que Aurora também sabia, entretanto estava infectada com as ideias de Tarkin, logo recusava-se a ver a pura verdade dolorosa: Anelise preferiu qualquer outra coisa a viver seus dias ao lado de um homem que amava ao ponto de ajudá-la fugir para que fosse feliz. Havia mais que isso na fuga de Ane, mas ele não pretendia entrar em tais méritos, era uma perda de tempo. A verdadeira questão era: Aurora quase o fez passar horas em um banheiro por um desarranjo intestinal que ela causaria. Ela só revelou que ter contaminado a água dele porque Anelise teve a bondade de falar que o filho em seu ventre não era dele.

— Eu poderia esperar por mais alguns meses.

— Você é doente.— murmurou enojada.

— Aurora, fale de uma vez o que você deseja, Sabe que eu aprecio a sua companhia e humor detestável, mas eu não estou com paciência para você, então não a teste. O que você deseja desta vez?

Anelise franziu os lábios, elevando um pouco mais a sobrancelha puramente curiosa. Sempre pensou ser a pessoa mais próxima de Aaron, imaginava saber tudo que acontecia com ele, mas aquela interação era uma novidade. Quando tornaram-se amigos? Ele disse "desta vez" quais outros desejos houveram e ela não soube sendo amiga dos dois como poderia estar no escuro? Observou calada, afinal, se não mencionaram essa amizade havia uma razão, e se não disseram antes não diriam agora. Aurora não odiava Aaron de coração e alma? Bem, talvez não fosse uma amizade. Poderia ser um acordo. Mas os acordos de Aaron eram absurdamente caros e de cunho político, o que Aurora poderia oferecer a ele? De repente a sua curiosidade a instigou positivamente.

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