Simmons ✓

C A P Í T U L O 9

OLIVIA GREY

  Finalmente minha aula de História acabou. Normalmente eu amaria ter aula da minha matéria favorita, isso se a professora não fosse chata.

Parece que estamos sempre incomodando ela, guardei para mim mesma cada dúvida sobre a matéria com medo de ver uma revirada de olhos da sua parte.

Pelo menos agora eu tenho o intervalo para relaxar da tensão que pairava pelo ar da sala. Depois eu tenho duas aulas seguidas de Matemática e meu dia vai ficar bem mais tranquilo quando todas as aulas acabarem.

Saio da sala com meus matérias em mãos, tento andar pelo corredor cheio de alunos.

O time de líder de torcida passa por mim na direção contrária, Claire anda com elas. Acho que ela é a capitã, algo assim.

  Morgan comentou algo sobre Claire e líderes de torcida, esse assunto não me interessa muito mas ela é perfeita para o papel.

Todos os filmes que eu vejo ou vi, a capitã das líderes de torcida são geralmente a mesma pessoa.

A melhor aluna da escola, bonita, rica e geralmente tem um romance com o capitão do time de futebol Americano.

E adivinha? Claire é exatamente essa pessoa, exceto pelo fato do romance incubado dela ser com o capitão de basquete, não com o de futebol Americano.

No final eles sempre ficam juntos depois de várias brigas e de garotas más atrapalharem o relacionamento deles, e eu tenho certeza que Claire Cooper e Luke Simmons irão ficar juntos no final.

Fecho a porta do meu armário, e começo a andar em direção ao enorme pátio que essa escola tem, Morgan está almoçando com suas amigas.

Elas até me chamaram para almoçar junto mas eu preferir comer sozinha. Não quero atrapalhar elas, são amigas a tempos e eu definitivamente ficaria sobrando. Não existe sentimento pior que aquele.

Sento na mesa de sempre enquanto observo o treino de basquete de sempre, parece que eles estão pegando mais pesado que sempre. Não os julgo, amanhã eles tem jogo então o capitão deve estar treinando mais.

– A melhor visão de todas, não é? - Uma voz doce e baixa fala ao meu lado, viro a minha cabeça dando de cara com os cabelos lisos e loiros de Claire
– Gosto de ver a dedicação deles. - Digo tentando não deixar claro que a camisa regata do time de basquete deixa qualquer um gostoso.
– Eu gosto de ver eles. - Claire diz e vira o rosto para mim. - Claire. - Ela diz esticando a mão
– Olivia. - Digo pegando na sua mão.
– Você é nova aqui?
– Sim, vim de Booker.
–Morei lá durante um tempo, é uma cidade legal. - Ela diz e eu movo minha cabeça em forma de afirmação - Você vai vir pro jogo de amanhã?
–Vou sim, apesar de não saber quase nada sobre basquete. - Ela dá uma pequena risada.
–

Você vai aprender rápido, vai ter uma festa ás 20:00. Casa do Turker, o camisa número sete. - Ela diz e eu olho para a quadra. - Se você quiser ir, eu posso te passar o endereço.
– Eu não sei, eu não conheço ninguém dessa escola...
– Ei, você me conhece! E ir para festas é um bom jeito de conhecer outras pessoas.
– Acho que você está certa, vou te passar meu número.- digo tirando o meu celular do bolso.

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  Ás vezes me pego pensando em como pude aceitar o convite de Claire, talvez se eu tivesse negado não estaria aqui hoje e agora.

Talvez se eu não tivesse aceitado participar daquele caralho de verdade e desafio, eu não estaria aqui.

Talvez eu deveria ter escutado o meu pai uma vez na vida. Ele sabe o que seria melhor para mim.

Talvez se eu não tivesse ido para aquele jogo eu não me encontraria aqui agora.

Sozinha, chorando e me sentindo usada.

Luke Simmons realmente foi um tsunami, um dos maiores e mais aterrorizadores que existem.

Se eu pudesse voltar ao passado...

Agora eu me encontro aqui, no futuro. Arrependida de tudo que eu fiz.

Alguém deveria ter me parado em algum momento e me perguntado:

" Olivia Grey Rodriguez, você realmente tem certeza disso? Tem certeza que vai se entregar a Luke simmons? Pense bem."

Eu teria pensado, eu juro que teria. Por mais que eu estivesse apaixonada e cega, eu teria pensado.

A minha história com Luke foi como relaxar em uma ilha cercada de tubarões: A qualquer momento pode acontecer algo, mas você ainda prefere acreditar que tudo vai ficar bem. Que tudo vai dar certo.

Eu conheci o amor, o capitão do time de basquete me deu esse prazer e pelas formas mais improváveis de todas ele também me fez conhecer o coração partido.

Talvez se a nossa história não tivesse começado não teria acabado assim, mas talvez o destino queria assim.

O destino queria que Olivia Grey Rodriguez estivesse sentada no chão do seu quarto, encostada na parede e chorando.

Chorando de raiva, chorando por que por um momento ela foi ingênua o suficiente para achar que Luke Simmons poderia a amar do mesmo jeito que ela o amou.