C A P Í T U L O 51

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OLIVIA GREY

Bryce me levou para casa ontem, não teria como eu ir embora com Luke, seria completamente estranho.

Bryce é fofo, ele me trata bem mas não sei se daríamos certo. Na verdade, nós daríamos certo, o problema é a minha paixonite por Luke. Quando eu resolver esse probleminha minha vida estará bem mais fácil.

Nós não fizemos nada ontem. Voltei pro quarto e me joguei na cama, pedi para ele me levar embora e ele o fez.

Cheguei cedo na escola hoje, nós temos algum tipo de palestra sobre Vegas e o que não podemos fazer de forma alguma.

– Eu aposto 50 dólares de que eles vão falar coisas bobas, tipo assaltar lojas. – Harry diz pegando 50 dólares do bolso.
– Eu não vou apostar com você. – Claire diz.
– Lixona. – Harry a responde e eu rio. – Oli?
– Aposto 50 que eles vão citar sexo ou preservativos em algum momento. – Digo apertando a mão de Harry.
– Quanto tempo antes da palestra começar? – Pergunto a Claire.
– Nem ideia, talvez 3 minutos.
– A gente pode comer com 3 minutos? – Harry pergunta sorrindo.
– Não, depois a gente come. – Digo empurrando ele pelo corredor.

Ele reclama e eu e Claire rimos juntos, passamos por alguns grupos de meninas. Elas apontam e olham fixamente para um lugar qualquer, vários cochicos saem de suas bocas.

Me viro para ver o que é tão interessante. A cena de Luke andando no meio do corredor é capaz de fazer qualquer uma implorar para ter um chance com ele.

Seu tênis jordan, de sempre, está em seus pés. Um preto e branco. Sua calça é preta e rasgada, um blusa branca está por baixo da sua jaqueta de couro preta.

Luke está com os anéis de sempre, todos se espalham pelos dedos de sua mão. Consigo ver um pouco do tom roxo do seu olho, não é muito forte, o deixa lindo. O seu corte no canto da boca o faz mais lindo ainda.

A minha maior vontade é dizer, "Esquece sobre o que aconteceu ontem, vamos continuar o que não acabamos no banheiro." E levar ele para uma sala vazia.

Alguma garota anda até ele, cabelos ruivos e roupa de líder de torcida. Ela para na frente dele e começa a conversar com ele, mexe em seus cabelos e ri de qualquer coisa que tenha saído de sua boca.

Luke sorri e levanta o olhar, ele me olha e eu o olho. Com dois segundos, eu me viro e continuo andando.

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Bryce está conversando com Harry, coloco um pedaço de tomate na minha boca.

– Ei, Oli. – Ele diz olhando para mim. – Você viu a coisa de Luke?

Espero que ele não esteja falando da coisa dele, porque eu não saberia como responder.

– Que coisa dele? – Pergunto para Bryce.
– A entrada dele, por que ele não pode entrar como alguém normal? – Ele ri, olho para Harry que está franzindo as sombrancelhas.
– Desculpa?
– Tipo, ele é literalmente carente pela atenção das garotas em geral. Talvez seja por causa da sua família, eu não sei.
– Eu não acho. – Claire diz.
– Vocês são amigos, então sua opinião é meio inválida. – Bryce ri.
– Sabe o que é inválido? – Harry diz. – Inválido é o fato de que você está falando mal do meu melhor amigo na minha frente e eu ainda não quebrei sua cara. Cala a porra da boca, cara.
– Desculpa. – Bryce diz tímido.
– Tá tudo bem. – Digo colocando a mão na coxa dele.
– Não está tudo bem. – Harry diz se levantando da mesa e indo embora.

Olho para Claire e ela mexe a cabeça mandando eu ir atrás dele. Me levanto e ando atrás de Harry.

Sigo ele até quando ele entra na escola, ele sobe as escadas e eu vou atrás. García entra na primeira porta da esquerda, o armário de vassouras, e eu faço o mesmo.

– Harry? – Digo abrindo a porta.
– Oli, eu odeio ele. – Entro e fecho a porta. – Qual é o problema dele?
– Eu não sei.
– Eu juro que se ele falar alguma merda de Luke...
– Ei, ele não vai. Por que você está assim?
– Por que ele está piorando novamente, Oli. – Consigo ver lágrimas nos olhos dele.
– O que você quer dizer?
– Ele está tendo crises. Pânico, ansiedade, e Luke está tomando todos os remédios possíveis. – Eu nem sei o que responder. – Minha mãe deixou escapar.
– Ei, Harry. Tudo vai ficar bem, meu amor. – Digo o abraçando.
– E agora ele está distante para um caralho. Ele não pode saber que eu sei disso, vai tudo piorar.
– Ele não vai saber. – Passo as minhas mãos pelas suas costas.
– Eu vou bater em Bryce. – Ele diz e eu rio. – Eu odeio ele.
– Eu sei, vou conversar com ele.
– Vocês vão namorar? – Ele pergunta separando nossos corpos.
– Nem por um caralho. – Ele ri.
– Ele sabe? Que você não quer namorar?
– Não.
– Quando for contar pode me chamar? Eu vou amar ver. – Eu rio e começo a sair do armário.
– Vai á merda.
– Eu to falando sério. – Nós começamos a descer as escadas e eu olho para ele. – Só isso me faria feliz, Oli. Ajude um pobre camponês triste!
– Eu te odeio tanto. – Digo rindo e ele me mostra o dedo do meio.

 – Digo rindo e ele me mostra o dedo do meio

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