C A P Í T U L O 70

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OLIVIA GREY

     Minha menstruação está me matando aos poucos, minha cólica está mais forte que o normal e para piorar tudo estou com dor de cabeça.

     Já tomei remédio antes da primeira aula mas até agora não fez efeito algum, e se fez, foi muito baixo por que eu não senti alívio algum.

     No momento, estou tendo mais dias de luta do que dias de glória, mas, segundo meus cálculos minha menstruação acaba amanhã, e com ela meus dias de glória voltam.

     — Quanto tempo falta para isso acabar? — Pergunto para Bryce ao meu lado.
     — Eu não sei, eu estou cansado. — Ele responde.
     — O mesmo, minha cabeça vai explodir.
     — Se você está passando mal, pede para sair da sala.
     — Deve faltar uns 15 minutos. — Murmurro. — Eu aguento quinze minutos de dor.
     — Para de ser teimosa. — Ele diz levantando chamando a professora. — Olivia está passando mal, posso levar ela na enfermaria?
     — Você sabia que x9 morre cedo? — Digo quando a professora autoriza a minha saida.
     — Mimimi. — Rio.

     Bryce e eu andamos pelo corredor, nós conversamos. É bom saber que as coisas não ficaram estranho entre a gente, eu realmente gosto dele.

    — O que você esta fazendo? — Ele diz quando eu me sento na escada.
    — Calma, nós realmente iriamos para a enfermaria? Achei que era só uma desculpa para matar aula. — Bryce sorri antes de se sentar ao meu lado.
     — O que está acontecendo?
     — Tipo, na minha vida? — Pergunto.
     — Sim, faz tempo que nós não conversamos. — Seu tom de voz está mais baixo.
     — Cara, nada bom está acontecendo na minha vida. — Murmurro. — Morgan está distante, mal conversamos, parece que eu sou invisível naquela casa, mas 'tá tudo bem. Você?
     — Calma, por que? — Ele pergunta.
     — Aconteceu tanta coisa, acho que não deveria falar.
     — Talvez, você deveria se aproximar de Morgan. Você está sempre com Claire e com os meninos, talvez ela se distanciou por se sentir sozinha.
     — Acho que não é isso. — Definitivamente não é isso.
     — Queria te ajudar. — Ele coloca a mão no meu joelho, seu polegar faz carinho na minha pele.
     — Obrigada, mas acho que não tem como me ajudar. — Digo baixo.
     — Onde quer ir? — Bryce diz me olhando.
     — Nem ideia. — Penso. — Talvez, ver o time de basquete treinando...? — Ele ri.
     — Ok, vamos ver seu namorado treinando. — Rio antes de ir atrás dele.
     — Ah, outra coisa. — Bryce vira o rosto para me olhar. — Luke não é meu namorado.

#

     Harry está cantando Taylor Swift com Claire no meio da sala, acompanho o show deles com pipoca.

     — Acho que minhas orelhas vão explodir. — Luke diz baixo, rio.
     — Para de ser o chato do grupo. — Ele franze as sombrancelhas.
     — Eu e Harry somos ótimos cantores. — Claire diz bebendo água.
     — Muito bom cantores, quase me matei. — Simmons diz, Harry dá um tapa na cabeça dele.
     — Acabou o karaokê? — Pergunto. — Agora nós podemos ver o filme?
     — Sim, sim. — García diz. — É que Taylor Swift está acima de todos. Que filme?
     — Truque de Mestre 2. — Luke diz.
     — Gosto, e olha que eu só vejo pelo gostoso do Jack Wilder. — Simmons me olha e franze a sombrancelha.
     — E eu só vejo pela gostosa da Lula. — Claire diz rindo.
     — Eu só vejo por que eu gosto do filme. — Luke diz tímido e nós rimos.
     — Ei, vai fazer um brownie. — Harry diz apontando para o seu melhor amigo e logo após para a cozinha.
     — Vocês me chamaram para uma tarde de filmes, e agora estão me usando para cozinhar? — Ele diz se levantando e indo para a cozinha.
     — Exatamente. — Claire grita.
     — Calma, todo mundo já sabia que ele sabe cozinhar e ninguém pensou em me contar? — Digo.
     — Vocês estavam praticamente namorando, na minha cabeça você já sabia. — García diz.
     — Eu preciso de ajuda! — Luke grita da cozinha.
     — Estou indo. — Digo me levantando do sofá.

     Simmons está quebrando ovos e misturando com o açúcar, fico do lado dele esperando ele me pedir o que quer.

     — Eu esqueci de pegar o chocolate, você poderia, por favor, me dar o chocolate em pó?
     — Essa casa é de Harry, eu não sei onde fica nada.
     — Na gaveta perto do fogão, aquela que parece um retângulo em pé. — Ele diz.

      Olho pelas gavetas perto do fogão, sigo as instruções de Luke e abro a que é um retângulo em pé. Uma caixa vermelha é a do chocolate em pó, a pego.

     — Obrigado, você é mais útil que os cantores lá. — Ele diz.
     — Nós escutamos isso! — Harry berra da sala, rio.
    — De nada. — Me sento na cadeira do outro lado da ilha.
    — Ei, minha mãe está pedindo para você jantar na nossa casa no sábado. O que eu respondo?
    — Eu não sei. — Digo. — Tipo, conhecer seus pais e jantar com vocês, parece ser muita pressão.
    — Acho que você deveria ir, eles são legais. — Simmons diz medindo o chocolate. — E eu vou estar lá, eles não vão fazer perguntas constrangedoras.
    — Ok, eu confio em você, diz para ela que eu vou amar.
    — Anotado.
    — Como Oz dormiu essa noite? — Pergunto.
    — Você nunca me perguntou como eu dormi. — Drama. — Mas respondendo sua pergunta, ele dormiu bem.
    — Oz me ama. — Digo.
    — Não, ele ama o pai dele.

  Eu também amo o pai dele. — Penso.

    — Mas ele me ama mais.
    — Nem no seu sonho, Olivia. — Ele diz rindo.
    — Como você está se sentindo com seus pais? — Seu olhar vai até mim. — Tipo, mentalmente.
    — Bem, muito bem. Eles me entendem, e estão me ajudando com as crises, vou fazer terapia novamente, e eu contei sobre tudo.
    — Então, eles me odeiam?
    — Por que odiariam? Pelo seu pai? — Concordo com a cabeça. — Isso eu não contei, eu só contei que você me ajudava com as crises. Eles querem te agradecer, acho que esse é o motivo principal do jantar.
    — Me agradecer por..? — Digo.

     Luke para de mexer a massa, anda até mim, o acompanho com os olhos. Ele me dá um selinho mais demorado que o comum.

    — Te agradecer por ser a incrível mulher que eu estou apaixonado. — Sorrio.
    — A mulher que você o que?
    — Que estou apaixonado.
    — É a primeira vez que você diz isso. — Ele sorri.
    — Eu estou apaixonado por você, Olivia Grey, com todo o meu ser. — FINALMENTE CARALHO. — Agora é a segunda vez.
     — Por quê você sempre tem que quebrar o clima? — Digo olhando nos olhos dele.
     — Seja minha namorada, Olivia. Seja a primeira e a única. Não importa se você disser sim agora, ou que precisa de pensar durante um ano inteiro, no final fique comigo. — Seus olhos mostram que ele está falando muito sério. — Seja minha.
     — Você seria meu? — Pergunto.
     — Eu sempre fui seu, sempre.
     — Não preciso de pensar durante um ano para dizer que sim, Luke. — Digo o olhando. — Eu quero ser sua namorada, sempre quis.

     Ele me beija. Esse beijo é diferente de todos, tem mais sentimento, é mais delicado, não é desesperado como os outros.

     Parece que temos todo o tempo do mundo, e nós temos. Sabe a sensação de que encontrou a pessoa certa? É essa sensação.

     Queria que ele escutasse as batidas do meu coração, assim Simmons saberia que todas são por ele. Todas, sem exceção alguma.

     — Finalmente! — Harry e Claire gritam da sala.

     — Finalmente! — Harry e Claire gritam da sala

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