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Após um problema familiar inesperado, Olivia terá que viver o seu maior pesadelo:
Morar com o seu pai e sua nova família.
Ela achava que o seu maior problema seria isso, mas Luke, o capitão do time de basquete, mostrará a Olivi...
Atenção. A qualidade da leitura desse capítulo poderá aumentar ao som de Talking to the Moon, afinal, ele foi escrito ao som dessa mesma música.
Harry está tentando se auto defender por ter dado um beijo na coordenadora, ele disse que foi a muito tempo atrás e que ele tinha 15 anos.
– Você ainda tem 15 anos. – Morgan diz. – Bem, mentalmente falando. – Vá a merda. – Ele responde e eu rio. – Mas ela não mentiu. – Digo. – Claro que ela mentiu, eu sou a pessoas mais avançada mentalmente desse grupo. – O professor corrigiu a minha nota após ter errado na correção. – Claire diz se sentando na mesa. – Se eu não tivesse avisado tenho certeza que ainda estaria com um 9,5. – Exceto ela. – Harry diz apontando para Claire e nos rimos.
Harry morde um pedaço do seu hambúrguer e eu pego o seu saquinho de batatas fritas, ele me olha com a boca aberta em um "O" perfeito.
– Sua vadia. – Ele diz enquanto eu mordo uma batata. – Suas batatas estão deliciosas. – Mordo outra. – Eu vou te matar. – Minha casa tem muita segurança, boa sorte com isso ai. – Ele me mostra o dedo do meio.
Um grupo de garotas passam ao lado da nossa mesa, a ruiva anda no meio. Berros com o nome de Luke saiem de sua boca.
– Nós fomos para a casa dele, foi ÓTIMO. – Ela praticamente grita a palavra ótimo.
Ela olha para mim e pisca com o olho esquerdo, olho para Harry que ri. Claire ri junto e Morgan não entendeu nada.
– O que? Cara? O que foi isso? – Digo. – Você tem uma fã. – Claire diz. – Eu não ligo que ela foi para a casa de Luke. – Digo. – E não deveria. – Claire diz. –
Eu já fui para casa de Luke. – Harry diz, Luke está parando atrás dele mas eu não vou dizer de forma alguma. – Foi mais que ótimo. – Ele pisca o olho esquerdo para mim. – Quem disse que foi na minha casa e que foi ótimo. – Luke diz e Harry pula na cadeira. – Seu filho da puta! – Ele grita e coloca a mão no peito, Luke franze as sombrancelhas. – Foi Madisson, a ruiva. – Claire responde, Luke ri.
Ele vira de costas e anda em direção a mesa onde metade das líderes de torcida se encontram. Madisson o olha e sorri como se ele fosse a comer ali mesmo.
Luke dá as mãos a ela e começa a andar em direção a nossa mesa, a minha vontade é de levantar da mesa e ir embora.
Eles param na ponta da nossa mesa, Luke solta a mão dela e o sorriso no rosto dela desaparece como papel na água.
– Madisson. – Luke olha para ela. – Claire talvez tenha mencionado o fato de que você disse que foi para minha casa. – Ele olha para mim. – E Harry acrescentou um "e foi ótimo." – Ele desvia os nossos olhares. – Ah... – Ela engole seco. – Se você foi para minha casa, eu deveria ligar para a polícia? – Ele sorri. – Por que eu não me lembro de ter te chamado para ir lá, ou algo desse tipo. – Foi uma brincadeira. – Ela diz meio pálida e eu mordo minha boca para segurar o riso. – Uma brincadeira minha e de Olivia. – Não ponha Olivia nessa merda, e pare, por favor, de inventar mentiras com meu nome. – Ele diz se virando e indo embora.
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Tudo escuro, tento correr pelo quarto mas bato em paredes. Consigo sentir a minha respiração mais pesada e os pelos do meu braço se arrepiando pelo medo.
Ando para frente enquanto sinto a parede em meus dedos. Piso em falso em um degrau, desço aos poucos cada um deles. São degraus longos, parecem que foram feitos para descerem no escuro.
Desço cada um deles, o medo de cair ainda está dentro de mim. Paro em outro quarto, dessa vez com uma luz.
Um piano de cauda enorme está no meio da sala. Uma luz o ilumina, não consigo ver a fonte dessa luz.
Somente o piano está iluminado, ando até ele. Me sento no seu banco estofado, passo as mãos pelas teclas. Sentir as notas soando pelo quarto vazio de alguma forma me conforta.
Respiro fundo e toco a primeira música que vem a minha cabeça, a primeira que eu aprendi e a primeira que eu nunca vou esquecer.
As notas soam como eco pela sala escura e vazia, fecho os meus olhos e sinto todo a sensação da música invadindo minhas orelhas.
– I know you're somewhere out there. Somewhere far away I want you back, I want you back. – Saem da minha boca.
– My neighbors think I'm crazy But they don't understand You're all I had, you're all I had.
– At night, when the stars light up my room I sit by myself. – Alguma voz rouca canta ao meu lado, viro meu rosto e a imagem de Luke cantando ao meu lado é surrealmente confortável. Ele me olha.
– Talking to the moon Trying to get to you. – Nós cantamos juntos, o nosso olhar não desconecta nem por um segundo.
– In hopes you're on the other side talking to me, too Or am I a fool who sits alone talking to the moon? – Ele canta sozinho olhando nós meus olhos.
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