C A P Í T U L O 86

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OLIVIA GREY

     Hoje é sexta, só vou ver Luke na hora do almoço. A minha curiosidade sobre o que Carl quis dizer com aquilo ontem á noite, isso está literalmente me comendo viva.

     — Calma, então ele disse "Ok."? — García pergunta do meu lado esquerdo.
     — Sim, só ok.
     — Então por quê você não está feliz? — Claire diz ao meu lado direito.
     — Por que foi muito fácil.
     — Pensando desse jeito foi mesmo. — Harry diz com certeza.
     — Cala a boca, vai deixar ela mas insegura ainda. — Cooper diz. — Você deveria ficar feliz Oli, não encha sua cabeça com isso.

     Claire está sentada ao meu lado direito e Harry ao meu lado esquerdo, os dois estão tentando me ajudar sobre isso mas eu já tenho uma opinião formada.

     Eles estão sendo tipo aquele diabinho e anjinho, os que ficam no ombro das pessoas em desenho animado, e tentando convencer o personagem a fazer o que ele quer.

     García é o diabo, combina com ele, e Claire é o anjo, combina com ela também.

     Minha opinião é a seguinte, eu vou contar tudo para Luke, entender o que meu pai quer dizer, e fim. Voltamos a ser felizes.

     — Ok, olha, vou contar para ele, e ele vai me dizer o que significa, e vamos ser felizes. Ponto final. — Digo.
     — Ok, amor. — Harry diz.
     — Vou mandar mensagem para ele.

     Pego meu celular e começo a procurar o nome dele entre os meus contatos, o acho e entro na conversa.

    "Ei, que horas sua aula acaba?"

     Luke demora dois minutos para me responder.

     "Na mesma hora que a sua."

    "Verdade, eu esqueci."

    Ele manda emojis de riso.

     "Quando acabar, eu preciso de conversar com você."

     "Por quê? O que eu fiz?"

     "Nada, é sobre Carl."

     "Ok, o que ele fez?"

     "Nada, nós só conversamos sobre nós."

     "E o que ele disse?"

     "Não vou te contar por mensagem, ainda tenho trauma com elas."

     "Pede para ir no banheiro."

     "Onde você vai tá?"

     "Na porta do banheiro do último andar."

     "Indo."

     Guardo o celular no bolso e levanto a mão, Harry e Claire devem estar me olhando assim como a professora me olha.

     Só peço para ir e ela autoriza, saio de sala. Ando pelo corredor, ainda tem alguns alunos, que assim como eu, estão matando aula.

     Subo as escadas, alguns alunos passam por mim descendo as escadas, conheço muita pouca gente nessa escola.

     Luke está parado na porta do banheiro que fica no final do corredor, ando até lá.

     — Oi. — Digo.
     — Ei. — Ele diz antes de entrar no banheiro.

     Entro junto. Não é como banheiro de cabines, é um banheiro normal, é o único da escola que é desse jeito.

     — Antes de você dizer o que Carl disse, — Luke diz. — eu queria falar que você está uma completa gostosa nessa saia, parabéns.
     — Obrigada. — Beijo ele rapidamente, Simmons sorri. — Então nós conversamos e ele disse ok, sobre nós.
     — Depois de tudo? Estranho.
     — Exatamente, mas não é o pior de tudo. Eu também achei tudo muito fácil, e perguntei.
     — E?
     — Ele respondeu que tem 45 anos, duas filhas, e câncer. — Digo.
     — Continua.
     — Carl parou de falar, e falou que era para eu falar isso para você que você entenderia.

     Luke franze as sombrancelhas como se tivesse pensando, dois segundos depois ele está completamente sério e me olhando como se tivesse lembrado de algo.

     — A um tempo atrás, ele me ligou de novo, foi depois dele ter te contado que estava com câncer, e me contou também. — Engulo em seco. — Carl disse que os exames estavam melhores do que ele e o médico esperavam. Poucas chances de ser um câncer que poderia matá-lo, e que a experiência de achar que poderia morrer o mudou. Provavelmente é isso.

     Então ele não quer separar a gente novamente, certo? E ele também não vai morrer? Parece que alguém vai entrar nesse banheiro, colocar uma camera no meu rosto, e falar: Olivia Grey, como você é estúpida, nenhum dos seus maiores problemas poderiam ser resolvidos tão facilmente assim. É uma pegadinha!

     — Oli? — Luke diz arrancando meus pensamentos.
     — Oi.
     — 'Tá tudo bem?
     — Sim, tudo está ótimo, esse é o problema.
     — Como assim? — Ele me abraça. — Amor, você deveria ficar feliz. Nós finalmente vamos parar de se preocupar sobre o que seu pai vai fazer, e logo mais ele vai melhorar do Câncer, e nós ainda temos o baile de formatura daqui a alguns meses.
     — Eu esperei tanto por isso. — Digo no ombro dele.
     — Eu sei, e você finalmente tem. — Ele separa nossos corpos para olhar nos meus olhos. — Eu te amo, eu te amo para um caralho, Olivia.
     — Eu também.
     — Pare de pensar que tudo está muito fácil, depois de tudo nós merecemos o fácil. Ok?
     — Ok.

     Luke sorri e me beija, acho que é o melhor dos nossos beijos. É delicado e devagar, finalmente.

     — A propósito, — Ele separa nossa bocas. — você pode ir na minha casa algum dia com essa saia? — Franzo as sombrancelhas.
     — Acho que posso, por que?
     — Por que eu 'to com muita vontade de tirar ela do seu corpo, mas infelizmente não posso fazer isso agora. — Rio.
     — Combinado.
     — Obrigada senhorita.
     — O prazer é todo meu.

     Ele ri, ando até a porta, a abro e saio do banheiro mais feliz do que imaginei que estaria.

     Ele ri, ando até a porta, a abro e saio do banheiro mais feliz do que imaginei que estaria

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