C A P Í T U L O 21

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OLIVIA GREY

Passo o sabonete por todo meu corpo, amo a sensação de estar completamente limpa.

Era para eu estar na casa de Luke á uns 15 minutos, mas ele esperou nove meses para nascer. 15 minutos não é nada perto de 9 meses.

Luke me passou o endereço dele por mensagem, parece que é do outro lado da cidade.

Meu maior desejo é que eu consiga acabar o trabalho de Matemática antes das seis horas. Tenho muitos planos para esse sábado.

Os meus muitos planos são, pedir uma pizza e ver filme com a Morgan e dar boa noite para todos os meus amigos mas na realidade ficar acordade até as 3 da manhã vendo documentários de serial killers. Eu amo a minha vida.

Saio do banho com a tolha enrolada em volta do meu corpo, o frio do meu quarto bate na minha pele e eu me arrepio. Meu banho estava tão quentinho.

Passo a toalha branca por todo meu corpo, e tiro cada partícula de água que eu vejo. Faço ondas nos meus cabelos logo após vestir minha roupa — um moletom branco com listras pretas, calça jeans azul escura rasgada no joelho.

Pego uma caneta e um lápis, espero que Luke tenha materias o suficiente para nós conseguirmos fazer o trabalho todo.

O trabalho são 10 páginas de questões de Matemática, Simmons imprimiu todas.

Não queria sair de casa ao sábado mas também não iria aceitar a proposta que ele me fez na biblioteca e deixar ele fazer o trabalho sozinho, além do fato que eu provalvemente iria me sentir mal, o capitão de basquete é muito ruim em Matemática.

Pelas poucas olhadas que eu dou no caderno dele consigo perceber isso.

– Alisson, 'tô indo fazer trabalho. Pretendo voltar cedo, avisa meu pai. - Grito enquanto desço as escadas.

Destravo o corolla com a chave do carro e entro. Ponho no gps o endereço dele e ligo a minha playlist Carro.

7 rings da Ariana Grande ocupa o espaço me fazendo me sentir menos sozinha.

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A Casa do Luke é a única diferente de todo o bairro, é maior. Deve ter mais de um andar enquanto todas as outras tem um único.

É branca com alguns detalhes cinzas, tem alguns vidros a mais que a casa de Turker e definitivamente deve ser mais iluminada que a dele.

Atravesso a rua sem me preocupar de ter que olhar para os dois lados, desde que eu cheguei não passou um carro nessa rua. Super tranquila.

Bato na porta e escuto os passos ficando mais altos, Luke abre a porta e me dá a passagem.

Reparo na casa dele. Tem uma lareira na sala, encima dela fica um Televisão enorme, dois sofás brancos ficam na frente da lareira.

– Quer que eu te apresente a casa? - Luke pergunta atrás de mim.
– Não, só vamos fazer o trabalho mesmo.
– Ok. Senta ali, só vou pegar uma coisa. – Sento onde Luke me pediu, no tapete perto da lareira.

Normalmente eu reclamaria mas esse tapete é surreal de macio. Escuto alguns barulhos de vidro se batendo da porta de onde Luke entrou.

Simmons ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora