C A P Í T U L O 83

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OLIVIA GREY

    Eu decidi que vou conversar com meu pai sobre o meu namoro, foi uma decisão fácil? Não, mas eu estou cansada de fingir que eu e ele não namoramos pelo meu pai.

     Carl pode ficar bravo ou sei lá o que, mas ele que lide com essa raiva. Eu já estava pensando nisso a bastante tempo, mas decidi ontem, com toda certeza, que vou ter essa conversa.

     Eu estava olhando Luke brincar com Oz perto da piscina, estava sorrindo enquanto ele jogava a bolinha e o filhote corria para pegar. Segundo ele, Oz aprendeu muito rápido a devolver a bolinha.

     Os dois estavam brincando e sendo feliz, acho que nunca o vi tão feliz assim. E eu também estava feliz para cacete só pelo fato de ver ele feliz, quando eu me apaixonei tanto assim?

    Ando pelo corredor com Morgan, ela está falando sobre como a Ciência é maravilhosa, e que se caso tivéssemos um apocalipse zumbi (assim como teve em The Walking Dead), iria durar muito pouco por que eles definitivamente iriam descobrir a cura.

     — Não tem como eles descobrirem a cura, se tiverem mortos. — Digo abrindo meu armário.
     — Mas não iriam morrer todos de uma vez, e aí eles iriam descobrir a cura. — Ela bufa.
     — Ok, mas você seria a primeira a morrer em um apocalipse.
     — Quem vai morrer? — Harry diz chegando.
     — Segundo Olivia, eu seria a primeira pessoa a morrer em um apocalipse zumbi.
     — Não. — Luke diz parando do meu lado. — Esse seria Harry, ele iria fazer uma piadinha para o zumbi e quando percebesse já estaria mordido.
      — Humor é a minha única forma de defesa. — Ele diz sério.

     Todo mundo ri, não é mentira. Claire para do lado de Morgan, todo mundo a olha, ela está seria e parece brava.

     — O quê? — Claire diz.
     — Nada. — Harry diz. — O que aconteceu?
     — Eu esqueci de fazer a porra do trabalho.
     — Trabalho? — Digo.
     — Que trabalho? — Harry diz.
     — Puta que pariu, fodeu. — Luke diz.
     — É de Francês, relaxem.

     Sinto meu corpo relaxar. Puta que pariu, que susto. Francês é a materia que Claire faz a mais, assim como eu faço aula de música, e Morgan de pintura.

     — Você não vai reprovar por ter esquecido um trabalho, Claire. — Harry diz.
     — Não. Mas talvez perder alguns pontos, sim.
     — Suas notas são as melhores, Claire. — Morgan diz. — Tente relaxar.
      — Ou... — Ela diz. — Eu posso ir na biblioteca e fazer agora, é no segundo horário e o primeiro é vago.
     — Acho que vou deveria relaxar mesmo. — Morgan diz, rio.
     — Oli, você também tem o horário vago, me ajuda?
     — Claro, mas meu Francês não é dos melhores.
     — Serve.
     — Por quê que vocês tem o horário vago e eu e Harry não? — Luke diz.
     — Isso é machismo. — Harry completa.
     — É por isso que você 'tá solteiro. — Morgan diz para García, rio.
     — Quer resolver esse problema? — Ele diz com um sorriso de canto de boca, vejo Morgan corar.
     — Fique longe da minha irmã! — Digo.

     Harry ri e levanta as mãos em forma de redenção, Luke sorri e Morgan sai de fininho da roda.

     Claire pega minha mão e me puxa pelo corredor, mal consigo conversar com Luke sobre a coisa do meu pai. Queria saber o que ele acha antes.

     Se ele disser que não gosta da ideia, e que se sente melhor do jeito que nós estamos eu vou entender completamente. Mas se ele disser que tanto faz, eu vou fazer.

     Realmente não quero que eles se encontrem como eu encontrei os pais dele. Meu pai foi um filha da puta com Luke, e apesar de eu amar ele, não o quero muito perto do meu namorado.

     — Claire? — Digo quando subimos as escadas, ela murmurra um "hum" como resposta. — Você acha que Luke odeia meu pai?
     — Não, por que?
     — Quero contar pra Carl sobre nosso namoro. Mas se Simmons não quiser, eu vou ignorar isso.
     — Olha, Oli, não acho que ele odeia o seu pai. Luke é uma pessoa incrível e apesar de tudo, ele é muito puro para esse sentimento horrivel.
     — Certo, você acha que eu deveria contar? — Pergunto.
     — Sobre isso, vê com Luke. Não acho que ele o odeia, mas tenho certeza que ele não gosta de Carl.
     — Eu sei...

     #

     "Ei, você está ai?"
    
     Mando para Luke, a resposta chega mais rápido que eu imaginava.

     "Sim, algo aconteceu?"

     "Não, é que eu queria conversar com você sobre algo."

     "Ok, você está me assustando."
  
     "Não é ruim o que eu quero falar, é sobre Carl."

     "Oli, desculpa, mas eu não consigo imaginar seu pai em algo que seja bom."

     "Quero conversar com ele sobre o nosso namoro. O que você acha?"

     Aparece que ele está escrevendo e depois some, aparece novamente, e some. Ele sabe que está me deixando nervosa, né?

     "Desde que eu não tenha que jantar com ele, e fingir que tudo que ele fez não me machucou, eu não ligo."

     "Nunca colocaria você e Carl na mesma sala."

     "Ótimo. Sei que é importante para você, só espero que dessa vez ele entenda."

     "Ele vai, e se não entender, nada vai mudar. Eu prometo."

     "Ok. Vou jogar cs com o Harry, boa noite, linda."

     "Boa noite, amor."

"

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