Zaya dedicou a vida ao trabalho, sem histórico de relacionamentos, sempre imaginou que romances não eram para si.
Valentim foi marcado por um relacionamento abusivo, que mudou por completo sua vida, depois de anos fugindo de tudo que o lembrava do o...
Após aquele episódio desconfortável e desastroso no café, ficamos no quarto até o almoço ficar pronto, onde Amara continuava com sua soberba, ainda se gabando por seu trabalho na França e de como era excelente advogada. Meu desejo era sumir enquanto todos estão na piscina mas estaria sendo ingrata e mal educada com pessoas que sempre me trataram bem.
Estou pensando sobre vestir o biquíni, sem ele posso criar alguma desculpa e não vou precisar aguentar Amara mas ao mesmo tempo, estaria mostrando a ela que conseguiu me afetar.
Valentim – O que tirou sua atenção ao ponto de não me perceber aqui? – sua voz me trouxe de volta a realidade me fazendo olhar para ele na porta.
Eu – Estava pensando sobre vestir ou não o biquíni – deixei os dois na cama e Valentim se aproximou, sentando na beira – Conseguiu resolver o problema?
Valentim recebeu uma ligação da filial em NY, aparentemente encontraram a conta principal com um desfalque nas contagens de janeiro, nada confirmado mas preocupa da mesma forma.
Valentim – Não, talvez tenhamos que voltar ainda hoje para que eu consiga estar lá ainda amanhã – murmurou estressado – Quando tiro um momento para estar longe de tudo e todos, parece que todo problema escondido surge, é incrível.
Eu – Pensar assim vai ser estressante, espera um pouco que tudo vai ficar da maneira que deveria estar, se caso for motivo de voltar, voltamos – peguei os biquínis virando para ele – Qual deles é melhor?
Não tenho tantos biquínis e quase não tenho oportunidade de usá-los, já que grande parte dos meus dias estou bem comportada na empresa, atrás de uma mesa de escritório.
Valentim – Como irei saber se não os vi direito? – sorriu sacana, revirei os olhos jogando os biquínis nele que riu segurando o listrado, me entregando – Não demore, senhorita Kocle.
Eu – Por que contei isso? – neguei com uma careta indo ao banheiro, desde o momento que contei para ele sobre, o mesmo decidiu que seria bom chamar a minha pessoa com esse lindo "Kocle" igual quando estava embriagado.
Coloquei meu biquíni tendo para mim mesma que agora não posso fugir, e fiz um rabo de cavalo despojado, voltando para o quarto onde Valentim mexia no celular distraído.
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Eu – Tenho a leve impressão de que as contas bancárias da empresa estão em análise por um certo alguém – ergui as sobrancelhas chamando sua atenção, seus olhos passearam por meu corpo – Para de me olhar assim – resmunguei tampando meu rosto, mas seu olhar e expressão já estavam gravadas em minha mente.
Valentim – Fiz a escolha certa – neguei desacreditada de sua provocação, indo até minha mala pegando um short, o vestindo – Sabe que se não estiver com vontade de descer meus pais não irão se importa, não sabe? – guardou o celular me encarando, agora nos olhos.
