• Valentim D'Amico – 23:18
Quando chegamos no hospital Lilian já estava nos esperando, assinamos toda papelada para internação e nos trouxeram para um quarto, o mesmo onde fizeram todo procedimento, não sei explicar o que estou sentindo.
Lilian – Desde quando está com contrações? – perguntou verificando a cardiotocografia, eles puseram uma faixa na barriga da Zaya, ficam monitorando o coração do bebê e quando ela sente contração através dali.
Zaya – Desde ontem, mas intensificaram hoje – respondeu mordendo os lábios. Suspirei, não suporto vê-la com dor, mesmo sabendo que é inevitável – Estou com dilatação?
Lilian – Vamos ver agora – segurei as mãos de Zaya, que gemeu pela dor, apoiando a cabeça no meu braço – Vou começar ok? Pode sentir um incômodo, sou eu verificando – avisou.
Eu – Está tudo bem, meu amor – sussurrei em seu ouvido, Lilian verificou sorrindo – O sorriso significa algo bom, certo?
Lilian – Zaya está com 5 centímetros, é ótimo, significa que se continuar nesse ritmo, o parto vai ser rápido – um alívio me consumiu – Tente se movimentar, pode usar a bola, usar a banheira, é você com seu corpo.
Zaya – Obrigada, Lilian... – agradeceu sorrindo fraco, Lilian sorriu nos deixando sozinhos e fiz carinho em sua barriga – Amor, quero levantar, deitada parece doer mais.
Eu – Vem, amor – ajudei a mesma, Zaya sorriu selando nossos lábios, apoiando na cama – Se precisar de alguma coisa estou aqui, não sinto como você, mas posso ajudar.
Zaya – Está ajudando, querido, tenho o melhor marido que existe – sorriu balançando o corpo, ri massageando sua lombar – Ai... Dói ai nesse lugar – suspirou aliviada.
Eu – Sua mãe estava mandando mensagem, a mesma avisou que estão aqui – mesmo tendo que esperar a dilatação, eles insistiram em vir, não estava com tempo nem atenção para falar com eles e tentar convencer de esperar lá em casa.
Zaya – Devem estar enlouquecendo – brincou, segurando a barriga, parando de se mexer – É muita futilidade querer me maquiar? – franzi o cenho, essa mulher ainda pensa nisso?
Eu – Não... – respondi incerto, Zaya caminhou até nossas bolsas, pegando uma nécessaire, é impressionante essa mulher – Se não tivesse visto sua bolsa rompendo, não diria que está em trabalho de parto – cruzei os braços rindo.
Zaya – Não posso receber nosso bebê assim – falou óbvia começando a se maquiar, deixei a mesma se arrumar, depois de tanta dor ver a serenidade dela me alivia.
Enquanto se maquiava, Zaya sentiu mais duas contrações, cada vez mais próximas e intensas que as outras, sussurrei palavras de apoio para ela, abraçando seu corpo embaixo da água.
Zaya – Está doendo – fungou, uma lágrima fez meu coração apertar, sequei acariciando onde estava.
Eu – Se eu pudesse fazer isso parar, meu amor – que Zaya é forte nunca tive dúvidas, mas ver ela passar pelo processo para ter nosso bebê é inexplicável – Você está sendo tão forte... Está indo bem, amor, eu te amo.
Zaya – E..eu também te amo, meu amor – sei um beijo em sua testa, lhe amparando até as dores passarem – Quando tempo mais até os 10 centímetros de dilatação? – deitou, pondo as mãos na barriga, acariciando.
Eu – Não sei, está dilatando rápido, estamos a um passo de conhecer nosso bebê – sorri, ela retribuiu emocionada, sentei ao seu lado, pus a mão sobre a sua, apertando levemente.
Zaya – Vem no seu tempo, meu amor, mamãe espera seu tempinho – sussurrou tombando a cabeça para trás.
Eu – Estamos te esperando – completei, meu coração transborda de expectativas.
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Meu Amado Chefe
Roman d'amourZaya dedicou a vida ao trabalho, sem histórico de relacionamentos, sempre imaginou que romances não eram para si. Valentim foi marcado por um relacionamento abusivo, que mudou por completo sua vida, depois de anos fugindo de tudo que o lembrava do o...