𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 77

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• Valentim D'Amico23:18

Quando chegamos no hospital Lilian já estava nos esperando, assinamos toda papelada para internação e nos trouxeram para um quarto, o mesmo onde fizeram todo procedimento, não sei explicar o que estou sentindo.

Lilian – Desde quando está com contrações? – perguntou verificando a cardiotocografia, eles puseram uma faixa na barriga da Zaya, ficam monitorando o coração do bebê e quando ela sente contração através dali.

Zaya – Desde ontem, mas intensificaram hoje – respondeu mordendo os lábios. Suspirei, não suporto vê-la com dor, mesmo sabendo que é inevitável – Estou com dilatação?

Lilian – Vamos ver agora – segurei as mãos de Zaya, que gemeu pela dor, apoiando a cabeça no meu braço – Vou começar ok? Pode sentir um incômodo, sou eu verificando – avisou.

Eu – Está tudo bem, meu amor – sussurrei em seu ouvido, Lilian verificou sorrindo – O sorriso significa algo bom, certo?

Lilian – Zaya está com 5 centímetros, é ótimo, significa que se continuar nesse ritmo, o parto vai ser rápido – um alívio me consumiu – Tente se movimentar, pode usar a bola, usar a banheira, é você com seu corpo.

Zaya – Obrigada, Lilian... – agradeceu sorrindo fraco, Lilian sorriu nos deixando sozinhos e fiz carinho em sua barriga – Amor, quero levantar, deitada parece doer mais.

Eu – Vem, amor – ajudei a mesma, Zaya sorriu selando nossos lábios, apoiando na cama – Se precisar de alguma coisa estou aqui, não sinto como você, mas posso ajudar.

Zaya – Está ajudando, querido, tenho o melhor marido que existe – sorriu balançando o corpo, ri massageando sua lombar – Ai... Dói ai nesse lugar – suspirou aliviada.

Eu – Sua mãe estava mandando mensagem, a mesma avisou que estão aqui – mesmo tendo que esperar a dilatação, eles insistiram em vir, não estava com tempo nem atenção para falar com eles e tentar convencer de esperar lá em casa.

Zaya – Devem estar enlouquecendo – brincou, segurando a barriga, parando de se mexer – É muita futilidade querer me maquiar? – franzi o cenho, essa mulher ainda pensa nisso?

Eu – Não... – respondi incerto, Zaya caminhou até nossas bolsas, pegando uma nécessaire, é impressionante essa mulher – Se não tivesse visto sua bolsa rompendo, não diria que está em trabalho de parto – cruzei os braços rindo.

Zaya – Não posso receber nosso bebê assim – falou óbvia começando a se maquiar, deixei a mesma se arrumar, depois de tanta dor ver a serenidade dela me alivia.

Enquanto se maquiava, Zaya sentiu mais duas contrações, cada vez mais próximas e intensas que as outras, sussurrei palavras de apoio para ela, abraçando seu corpo embaixo da água.

Zaya – Está doendo – fungou, uma lágrima fez meu coração apertar, sequei acariciando onde estava.

Eu – Se eu pudesse fazer isso parar, meu amor – que Zaya é forte nunca tive dúvidas, mas ver ela passar pelo processo para ter nosso bebê é inexplicável – Você está sendo tão forte... Está indo bem, amor, eu te amo.

Zaya – E..eu também te amo, meu amor – sei um beijo em sua testa, lhe amparando até as dores passarem – Quando tempo mais até os 10 centímetros de dilatação? – deitou, pondo as mãos na barriga, acariciando.

Eu – Não sei, está dilatando rápido, estamos a um passo de conhecer nosso bebê – sorri, ela retribuiu emocionada, sentei ao seu lado, pus a mão sobre a sua, apertando levemente.

Zaya – Vem no seu tempo, meu amor, mamãe espera seu tempinho – sussurrou tombando a cabeça para trás.

Eu – Estamos te esperando – completei, meu coração transborda de expectativas.

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