𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 70

302 10 0
                                    

• Zaya D'Amico - Agosto

Três meses gerando nosso bebê, os três meses mais desafiadores das nossas vidas, de muito mal estar, mudanças no meu corpo, ter que mudar toda rotina para esse bebezinho crescer bem e saudável.

Estive muito enjoada, nada agravada meu olfato, foram dias difíceis, precisei tomar soro algumas vezes para repor os nutrientes que o meu corpo expulsava, mas passaria por tudo outra vez se fosse pelo nosso bebê.

Lembro de quando ouvimos seu coração pela primeira vez, pensamos que não poderíamos amar mais um serzinho tão pequeno, mas nos enganamos. As batidas rápidas do nosso bebê nos desmontou, alí descobrimos que o amor é algo incontrolável.

Flashback on - Julho

Lilian - Preparados para ouvir o coraçãozinho? - encarei meu marido sentindo meu coração acelerado, Valentim sorriu trêmulo segurando minha mão, beijando.

Lilian aproximou o aparelho da minha barriga, as batidas rápidas do nosso bebê soou pela sala, fazendo todo meu corpo se arrepiar, as lágrimas desciam sem permissão e funguei sorrindo, vendo Valentim rir entregue a emoção.

Esse som significa que nosso sonho está bem aqui, saudável, um guerreiro ou uma guerreira, mostrando estar forte para vir ao mundo daqui longos meses.

Valentim - É rápido assim mesmo? Está tudo bem? - perguntou com a voz embargada, sorri secando suas lágrimas. Quem eu quero enganar? Nem eu consigo parar de chorar, é um amor inexplicável por alguém que nunca vimos.

Lilian - É normal sim, não se preocupem, os batimentos dos bebês normalmente são mais acelerados que os nossos, o bebê de vocês está perfeitamente saudável - Valentim assentiu calmo, admirando a imagem do nosso bebê.

Flashback off

Agora estamos em mais uma consulta, passei a semana lutando comigo mesma sobre saber ou não o sexo do bebê. Valentim não negou a ideia, mas não tenho certeza se ele quer.

E não posso decretar nada em relação ao bebê sem seu consentimento, Valentim também é pai, temos que decidir juntos.

Lilian - Olha só, temos um bebezinho mais nítido - brincou apontando no monitor, ainda é pequeno, mas para pais babões é lindo da mesma forma - O bebê está com 61 mm e 13g - mediu.

Eu - Será que vai ser grande? - apoiei minhas mãos na parte superior da barriga que agora não é mais reta, qualquer um que olhe, sabe que carrego uma vida.

Lilian - Pode ser, caso continue assim - sorriu, Valentim me olhou engraçado, ele é alto, não posso dizer que tenho sua altura, mas não sou baixa - Já decidiram se querem saber o sexo ou esperar o nascimento?

Mordi os lábios sem resposta, Valentim sorriu beijando a lateral da minha testa, me fazendo franzir o cenho.

Sempre sonhei em ter aquela expectativa, ver quem é nosso bebê quando ele ou ela estiver em nossos braços. Não que saber antes tire a emoção, seria lindo da mesma forma, mas o desejo do meu coração era no parto.

Valentim - Vamos descobrir ao nascer - sorri me perdendo em seu olhar esverdeado, toquei seu rosto, querendo ter certeza que ele está fazendo isso por vontade própria, não somente por mim.

Eu - Tem certeza, meu amor? Se quiser saber antes, não tem problema - Valentim negou calmo, beijando minha mão em seu rosto.

Valentim - Não tenho preferência, independente do que vier, vou estar feliz - fiz bico segurando o choro, Lilian riu junto do meu marido - Quando esses hormônios vão ser controlados?

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora