𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 30

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• Zaya Kock - semanas depois

Não posso dizer que foram semanas fáceis, as investigações sobre todo ocorrido estão quase paradas, ninguém sabe do Logan, nem sabem como conseguiram mexer no freio.

Foi impossível esconder das nossas famílias, a notícia não chegou na mídia mas Sr. D'Amico, dona Angelina e meus pais souberam por uma conversa que tivemos na empresa, eles foram nos visitar de surpresa e acabaram ouvindo, se não fosse por meu pai, minha mãe me matava por esconder deles o que aconteceu.

E mesmo com tudo isso, os dias se passaram.. amanhã vai ser o lançamento do software e as equipes estão correndo para concluir o projeto da decoração. Valentim está uma pilha com os últimos preparativos, quase não dorme.

Viemos no ateliê buscar seu terno sob medida e riscar mais uma obrigação da lista, essa, que parece nunca diminuir com tanta anotação.

Valentim – Obrigado – guardou o cartão vindo até mim olhando meu check list no celular – A loja ainda não retornou? – franziu o cenho.

Eu – Não, queria aproveitar que estamos aqui, mas pelo visto vou ter que vir mais tarde – Se arrependimento matasse, estava mortinha, eu sabia que não poderia vestir qualquer coisa no lançamento, ainda mais com toda mídia.

Por isso, aluguei um vestido, mas meu erro foi escolher uma loja diferente da habitual, ainda não tive confirmação do vestido que escolhi e preciso dele para ontem.

Valentim – Podemos olhar alguns agora, amor, não precisa alugar nessa loja – respirei fundo – Temos tempo até irmos ao local receber todos os banners – tocou minha cintura nos guiando para sair da loja, indo em direção ao carro.

Isso era trabalho da equipe pela identidade do evento, disse era porque me pediram para dar uma olhada já que todos estão atarefados, eu além de secretária tomei conta das etapas em planejar um lançamento.

Eu – Vai ser minha única opção, não posso ver amanhã e sua mãe quer se arrumar no salão – dona Angelina convocou eu e minha mãe para lhe fazer companhia, sem chance de negar.

Valentim – Se dona Angelina convidou, vai ser carregada mesmo se não quiser – riu divertido abrindo a porta para mim, agradeci entrando e Valentim deu a volta, fazendo o mesmo – Tem uma loja que minha mãe costuma alugar, quer olhar alguns?

Eu – Ainda temos uma horinha – sorri olhando as horas no monitor do carro, Valentim ligou o mesmo saindo e peguei seu terno dando uma espiada, ouvindo sua risada - Pensei que tinha escolhido azul marinho, amor.

Valentim – Eu tinha, mas alguém me disse ter escolhido um vestido preto – sorriu cínico me encarando rápido, neguei incrédula.

Eu – Está roubando minha palheta de cor, D'Amico? – Valentim fingiu ofensa com a mão no peito.

Valentim – Apenas estou querendo uma visão harmonia nas fotos – debochou inocente, não contive a risada fechando a capa do terno.

Enquanto Valentim dirigia, resolvia questões e respondia as equipes, todo mundo está louco, desesperados para que tudo saia conforme os planejamentos, não foram um, mais vários.

Tatiana me ligou enquanto isso para perguntar qual vestido usar, ela estava entre um bege no estilo sereia, ou um verde pistache. Como sua pele bronzeada ficou perfeita no verde, foi seu escolhido.

Fui perceber que tínhamos chegado quando a mão de Valentim tocou minha perna, fazendo um leve carinho apenas para me chamar.

Saímos de mãos dadas entrando na loja, todas as minhas economias seriam gastas aqui, nem o chão desse lugar parecia barato, mas não iria demonstrar estar surpresa com isso.

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora