𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 60

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• Valentim D'Amico

Acordei com beijos em meu rosto, sorri ainda de olhos fechados, abraçando minha esposa, ouvindo sua risada baixa, junto de um latido, esse cachorro não aceita que Zaya é minha...

Zaya - Bom dia, meu amor, vamos levantar? Dona Angelina colocou a mesa - nada é tão bom quanto acordar com essa voz.

Eu - Bom dia _ murmurei rouco, encarando os olhos castanhos de Zaya. Sorri acariciando seu rosto - Acordou faz muito tempo?

Zaya - Não, fiquei com preguiça _ sorriu fraco, deitando em meu peito - O cheiro do café fez meu estômago roncar, parece o que demos.

Eu - Com certeza meu pai usou - bocejei, ela sentou, prendendo o cabelo com ele mesmo, fazendo carinho em Marley - Vai tomar banho antes, amor?

Zaya - Vou comer primeiro - falou meiga, sorri divertido levantando, depois tomo banho, vou demorar se tomasse agora e Zaya quer comer.

Fiz minhas higienes voltando para o quarto, as janelas estavam abertas, a porta também, e o peludo que dormiu nos meus pés, corria atrás dos passarinhos, coitados.

Vesti uma blusa abraçando Zaya, poderia ficar horas abraçado a ela.

Zaya - Aproveitando que Marley fugiu - riu.

Eu - Claro, não pude aproveitar minha esposa, seu cachorro está perseguindo passarinhos... É cruel - brinquei, fazendo ela gargalhar.

Amo esse som.

Zaya - Pobres coitadas - fingiu emoção, neguei rindo, beijando seu ombro - Vamos, D'Amico?

Eu - Vamos, fominha - apertei sua cintura, ela sorriu andando na frente. Nossos pais estavam na mesa tomando café - Bom dia.

Zaya - Bom dia - desejou beijando a testa de dona Jane, fazendo o mesmo com Hugo.

Puxei a cadeira para Zaya, que sentou e sentei ao seu lado, falando com meus pais.

Saulo - Pensei que tinham desistido de comer - neguei pegando café, dando para Zaya, sorri sentindo seu carinho na minha perna e servi o meu.

Zaya - Valentim estava dormindo, o acordei - falou inocente, mas não me importo, gosto de acordar com ela.

Jane - Coitado, minha filha, está cansado - eu me acostumei com a rotina. Neguei, pegando um pedaço do bolo.

Eu - Não tem problema, dona Jane, gosto de acordar com Zaya, ainda mais que hoje temos uma árvore para plantar - como vão trazer um novo pé, eu não sei, mas está previsto para às 15h.

Angelina - Estou animada para plantar, o que vamos escrever nela? "Primeiro natal"? Talvez, "Primeiro natal em família" - falou pensativa - Independente, quero plantar logo.

Zaya - Vai demorar um pouquinho para isso, a árvore chega mais tarde - minha mãe fez bico nos fazendo rir.

Tomamos café em meio a conversas, ainda de ontem. Há cinco anos não comemoro o natal, cinco anos que não sabia o quão bom era ficar com minha família.

Pode parecer uma simples data, mas para um homem que viveu anos recluso nos pesadelos da própria mente, comemorar foi libertador.

Principalmente com Zaya ao meu lado.

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora