𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 68

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• Zaya D'Amico – 16h

Consegui um encaixe na ginecologista, eu não tenho certeza se estou ansiosa ou nervosa, só vou me acalmar quando tivermos certeza que nosso bebê está saudável.

Desde aquela hora, não consegui comer muito porque tudo me enjoa, impressionante... Até o balançar do carro, que normalmente gosto, fez meu estômago revirar.

Valentim – Se precisar vomitar me avisa, amor – assenti sem abrir os olhos, sentindo sua mão na minha perna, acariciando – Esse enjôo dura por quantos meses?

Eu – Não sei, depende da mulher – alguns são nos primeiros meses, mas li casos que ficaram até o final da gestação, espero que não seja o meu caso – Vai demorar muito?

Valentim – Estamos chegando, três minutos e acabou – graças a Deus.

Meu marido estava certo, não demorou para chegarmos na clínica, entramos vendo poucas pessoas na sala, grande parte eram mulheres, quase nenhum homem as acompanhando, porém Valentim não pareceu incomodado.

Cumprimentei a recepcionista fazendo minha ficha, sentando distante das outras pessoas. Valentim segurou minha mão, beijando minha cabeça, sorri apoiando em seu ombro, esperando chamarem meu nome.

Eu – Sabe que não vamos conseguir ver o bebê formado... – comentei, olhando seus olhos. Pesquisamos muito sobre todas as etapas da gestação, mesmo assim, no momento as informações fogem, principalmente porque nosso intuito no momento é saber se está tudo bem.

Valentim – Sei, meu amor... Contanto que ela nos diga que a gestação está saudável – sorri, beijando meu marido – Melhorou?

Eu – Um pouco – gesticulei percebendo alguns olhares, nem se tentássemos esconder, conseguiríamos em uma clínica especializada em obstetrícia – Chamamos atenção – Valentim seguiu meu olhar, fazendo todos desviarem o olhar como se nada tivesse acontecido.

Valentim – Ignora, viemos fazer o mesmo que eles – respirou fundo, inclinando o corpo de maneira que eu ficasse escondida, sorri agradecida – Mesmo que quiséssemos esconder a gestação esse início, vão falar por nós... – falou inseguro, tratei de o tranquilizar.

Eu – Eu sei, meu amor – sorri fraco. Nosso sobrenome nos trouxe muitos benefícios, e com certeza somos gratos por eles, mas não ter privacidade em certos momentos como a nossa gestação, é desgastante.

O que casais normais esperam três meses para anunciar, somos obrigados a expor tão recentemente, um bebezinho que acabou de ser descoberto.

Lilian – Zaya, vamos – minha ginecologista se aproximou sorrindo, levantamos a seguindo e a mesma deu espaço para que entrássemos – Fico feliz em saber que conseguiram, estavam ansiosos por esse momento – fechou a porta, nos mandando sentar, assim fizemos.

Eu – Demorou um pouco, né? Obrigada pelo encaixe, queremos ter certeza que está tudo bem – ela sorriu sentando, pegando um papel.

Lilian – É normal esse medo, principalmente a primeira gestação. Como está?

Eu – Enjoada serve? – brinquei fazendo careta, Valentim riu baixo, mordendo os lábios assim que o encarei rápido – Pelo enjôo descobrimos, tirando isso, não senti nada além de dor nos seios.

Lilian fez outras perguntas anotando na ficha, eram tantas que precisei pensar antes de responder, Valentim me ajudava sempre que esquecia algum detalhe, mostrando o quanto presta atenção em mim.

Lilian – Certo, nesse primeiro ultrassom não é possível escutar o coraçãozinho do bebê, não quer dizer que tenha problema, apenas é bem novinho, dependendo de quanto tempo está – nos explicou levantando – Vamos ver? Agora é transvaginal, mais para frente usamos o gel.

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