- Z a y a K o c k
Acordei sentindo um pesar em minha cintura, suspirei abrindo os olhos, vendo Valentim me abraçando, dormindo na maior serenidade. Por que dormimos no mesmo quarto?
Olhei ao redor vendo mobílias em tons amadeirados, o quarto remetia campo me deixando ainda mais confusa. Não me lembro de quando chegamos, e se não lembro, como cheguei ao quarto?
Cuidadosamente afastei as mãos dele da minha cintura e sentei, prendendo meus cabelos que, essa hora, estavam parecendo um ninho pelos emaranhados.
Minha mala estava próxima as janelas grandes e iluminadas cobertas por um tecido leve. Levantei caminhando para perto da mesma, abrindo uma parte da cortina, sorrindo com a bela vista do gramado rodeado por árvores grandes. Imagino o quão incrível deve ser acordar todos os dias assim.
Escutei a respiração de Valentim ficar acelerada e olhei, vendo o mesmo me observando cautelosamente e quando nossos olhares se encontraram, apenas foi preciso sorrir, para que borboletas sem permissão tomassem conta de mim.
Valentim – Bom dia – desejou com sua voz rouca pela sonolência. Me sentei na beira da cama, sorrindo.
Eu – Bom dia, sabe como cheguei aqui ou... – me calei com seu sorriso virar zombeteiro -– Por que tenho impressão que passei um vexame? – fiz careta deixando meus ombros caírem em frustração.
Valentim – Dormir profundamente ou precisar ser carregada talvez possa se considerar vexame – Valentim sorriu e arregalei meus olhos. Todos me viram dormindo nos braços dele e nem pude o ajudá-lo com uma explicação, como irei olhar para meus antigos chefes? – Está vermelha.
Eu – Preciso de um buraco para entrar e sair quando essa vergonha passar de fato – choraminguei levantando, ele se ajeitou rindo e por um momento meu olhar passeou por seu corpo coberto apenas uma calça moletom – Meu pai amado – sussurrei desviando o olhar.
Valentim – Precisa disfarçar melhor o olhar, senhorita Kock – engoli a seco, apenas me limitei em pegar a primeira roupa que encontrei, indo ao banheiro para fugir dele. Não consigo parar de ser pega no flagra?
Minha imagem no espelho não estava das piores, fiz minhas higienes tomando um banho sem molhar o cabelo e pus o vestido que havia pego na mala. Preciso aproveitar o feriado para usar roupas mais informais.
Penteei meu cabelo deixando o mesmo solto, voltando para o quarto onde Valentim mexia na mala. Fechei a porta ganhando sua atenção e meu corpo se arrepiou com seu olhar sem descrição, passeando por todo ele.
Eu – O... banheiro está livre – Valentim assentiu indo ao banheiro, mas antes de entrar, voltou dois passos depositando um beijo em minha testa, me deixando sozinha no quarto completamente estática.
Trocamos carícias outras vezes, não é como se nunca acontecesse, porém ainda não me acostumei com essa mudança, há uma semana atrás estávamos em pé de guerra e sinceramente me pergunto se isso está realmente acontecendo.
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Meu Amado Chefe
RomanceZaya dedicou a vida ao trabalho, sem histórico de relacionamentos, sempre imaginou que romances não eram para si. Valentim foi marcado por um relacionamento abusivo, que mudou por completo sua vida, depois de anos fugindo de tudo que o lembrava do o...