Meu Amado Chefe

𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 64

• Zaya D'Amico - semanas depois.

Tediosa, encarei meu marido discursando sobre os motivos de faltarmos trabalho. Juro que não consigo entender como um homem desse tamanho, desligou o despertador sem que eu soubesse, como uma criança travessa, pois não queria trabalhar.

Valentim - Estamos passando por semanas delicadas, esperando por uma resposta, não me culpe por isso - cruzou os braços, neguei prendendo a risada, vendo seu sorriso meigo surgir - Me desculpa, amor.

Eu - Estamos mesmo passando por semanas de ansiedade, mas concorda que eu poderia, ao menos, ter sido avisada? - na verdade, eu agradeço por descanso, apenas quero ver até onde Valentim vai com seus argumentos.

Valentim - Concordo, meu amor - assentiu se sentando na minha frente, segurando minhas mãos - Quando faltarmos novamente, aviso - não consegui mais segurar, gargalhando.

Como lidar com Valentim? Simplesmente sinto que tenho filhos antes mesmo de gerar.

Eu - Seu sacana - murmurei me recuperando, Valentim riu levantando - O que pretende fazer com sua folga planejada, senhor D'Amico?

Valentim - Ainda não sei, podemos pensar juntos - assenti prendendo meu cabelo com o próprio, levantando, nem banho tomei, acordei assustada pensando que havíamos perdido o horário.

Eu - Temos tempo, são 7h ainda, Dora deve estar auxiliando Teresa - Dora entrevistou duas mulheres, simpatizando com Teresa.

Uma senhora simpática assim como Dora, com os cabelos grisalhos apesar de não ser muito mais velha, casada e com dois filhos.

Deixamos essa escolha estritamente nas mãos de Dora, apenas demos a palavra final. Teresa está conosco há uma semana, gostamos do seu trabalho e seu respeito com nossa privacidade.

Valentim - Devem estar fofocando sobre os vizinhos, não tenho dúvidas - brincou olhando o celular, assenti rindo, vindo ao closet com Valentim atrás de mim.

Eu - Nunca tinha visto nada alarmante desde que nos mudamos, essa briga caiu nas mãos delas - as defendi, procurando uma roupa.

O condomínio sempre foi calmo, nunca fomos incomodados por barulho, exceto ontem, duas famílias brigaram aqui na rua, não sabemos as motivações, apenas que Dora e Teresa ouviram tudo atentamente.

Quando chegamos em casa, ambas estavam na janela, tomando café enquanto comentavam sobre a situação, foi hilário.

Valentim - Será que vamos ter um desfecho? - perguntou abraçando minha cintura, dei de ombros, pegando um conjunto azul - Esse vai ficar lindo, amor.

Eu - Vou usar esse então - sorri lhe dando um selinho, me afastando para separar a lingerie - Vai tomar banho agora, amor?

Valentim - Isso foi um convite? - sorriu maliciosamente, não respondi, deixei que ele mesmo tirasse suas conclusões, vindo ao banheiro.

Me despi lentamente, vendo de soslaio Valentim observar encostado no batente da porta. Ri baixinho entrando no box, olhando por cima do ombro,

Eu - Vai ficar me olhando? - ergui a sobrancelha, meu marido sorriu sacana, se despindo com rapidez, entrando sem pensar duas vezes, unindo nossos corpos - Olha... Pensei que sua agilidade havia sido comprometida - ironizei.

Valentim - Está questionando minha agilidade, D'Amico? - neguei inocentemente, tocando seu peitoral, Valentim sorriu incrédulo ligando o chuveiro.

Fechei os olhos sentindo a água morna cair sobre nossos corpos, sendo impedida de escapar pelo mesmo que uniu mais ainda nossos corpos, provocativo.