𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 33

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• Zaya Kock

Ontem jantamos no restaurante beira mar que havia inaugurado há alguns dias, a comida não podia ser melhor, o camarão fresco estava tão delicioso que quisemos voltar hoje para comer outra vez.

Nosso segundo e último dia na praia, amanhã o trabalho nos chama, Valentim precisa voltar ao trabalho, inclusive durante a tarde Valentim fará uma reunião por meet, não consegui tirar essa reunião da agenda.

Eu – Se pudesse escolher uma única comida e levar para uma ilha, levaria esse camarão – não estou exagerando. Valentim riu bebendo água, secando a boca com guardanapo – Sério!

Valentim – Acredito que não seja um alimento fácil de conservar na ilha – dei de ombros, não duraria muito tempo para ser conservada, eles estariam na minha barriga antes disso – O que acha de água?

Eu – Bebia do mar – sorri inocente, não era um exemplo viável, afinal, iria morrer caso vivesse somente de água salgada, uma vez quando se afoga não faz mal, mas se recorrente sim.

Valentim – Tem muitas chances de sobreviver, amor – Ironizou me fazendo rir jogando o meu guardanapo nele que pegou, deixando na mesa – Podemos aproveitar a piscina, praia talvez não dê tempo pela reunião.

Eu – Aproveitamos bastante ontem, podemos sim, parece estar gostosa hoje – ele assentiu e terminamos de almoçar, pagando a conta.

Saímos do restaurante unindo nossas mãos, já havia bastante movimento na rua, eram 14h e quase todos aproveitavam esse sol, parece ter um para cada ser vivo.

Valentim – Pensei em investir em um imóvel – falou brincando com minha mão, balançando a mesma de um lado para o outro.

Eu – Investir em imóveis é bom, amor, pensou em qual? – perguntei olhando seu rosto calmo enquanto andava.

Valentim – Talvez algo afastado da cidade, não temos um lugar para viver longe da agitação e passar esse tempo aqui me fez ter vontade de ter algum lugar para fugir as vezes – assenti, a vida na cidade era bom, mas as vezes estar na calmaria era melhor ainda.

Eu – Seria muito bom poder fugir as vezes – ri. Valentim assentiu me olhando rápido beijando meus lábios – Olha as pessoas, amor.

Valentim – Estou vendo, mas quero te beijar – fez bico, neguei rindo o beijando outra vez me forçando a não atropelar ninguém.

Chegamos na casa ouvindo Dora cantar, ela se negou a almoçar junto com a gente, vai tentar conversar com essa mulher, perdi meu fôlego e ela continuou negando.

Eu – Está feliz ein, Dora – sorri assustando ela, Dora me olhou séria e ri percebendo a mesma segurando uma risada.

Dora – Não me venha fazer infartar, menina... – bateu sem força com o pano de prato no meu braço, Valentim riu sentando no sofá – E como foi o almoço?

Eu – Muito bom, poderia comer todos os dias, o camarão estava perfeito – sentei ao lado de Valentim, sentindo um carinho na minha nuca.

Valentim – Gostou tanto que levaria para viver disso na ilha, acredita, Dora? – encarei o bobão fazendo Dora rir assentindo.

Eu – Você viveria de água – ironizei, camarão é uma boa escolha, poxa.

Dora – Na ilha costuma ter frutas, querida, não ficaria sem comer – Valentim me olhou óbvio, dando razão para Dora. Resmunguei cruzando os braços emburrada, ouvindo eles rirem.

Me estiquei no sofá deitando em Valentim, as mãos dele começaram uma massagem calma em minha perna e sorri, aproveitando.

Valentim – Que horas é a reunião, amor? – me olhou sem parar a massagem.

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora