𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 17

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! Esse capítulo contém cenas sobre ansiedade, caso tenha e não aguente ler sobre, aconselho pular a narração do Valentim.

- Z a y a K o c k

Meu corpo inteiro dói assim como minha cabeça, a última vez que me senti assim foi devido ao porre de vinho, mas sei que desta vez a chuva é culpada.

Me sentei olhando ao redor não reconhecendo o quarto, foi quando as imagens de ontem apareceram em minha mente. Quando Valentim me encontrou não sabia se ficava aliviada ou irritada, por mais uma vez ele me encontrar em uma situação deplorável.

Tentei levantar mas tudo pareceu se contorcer diante dos meus olhos, sentei respirando fundo e escutei a porta se abrindo rapidamente.

Valentim – Está tudo bem? – assenti fechando os olhos, senti sua presença ao meu lado e seus dedos tocaram meu rosto com delicadeza – Está com febre, Zaya.

Eu – Não estou n... – fui interrompida por uma crise de tosse e Valentim se apressou, apoiando minhas costas com as mãos – Estou bem – sussurrei recuperar o fôlego.

Valentim – Ah claro, vejo o quão bem está – ironizou – Deve ter resfriado pela chuva.

Eu – É um simples resfriado – espirrei – Que horas são? Vamos nos atrasar para o trabalho, ainda precisa ligar para alguém – tentei levantar sendo impedida por ele – Eu estou bem, Valentim!

Valentim – Você não pensa que vai trabalhar assim, pensa? – assenti devagar, ele negou óbvio – Não preciso da minha secretária doente.

Eu – Posso trabalhar assim – respondi escondendo o desconforto, não irei usar dessa situação para faltar com compromisso.

Valentim – Sem argumentos, o que vão pensar de mim por deixar minha secretária trabalhar nesse estado? – apontou para mim e revirei os olhos, quando tudo se tornou referente a ele?

Eu – O que sua secretária diz, é que ela está apta a trabalhar – tentei levantar sendo novamente impedida por ele – Para de fazer isso – mandei irritada.

Valentim – Deita nessa cama, Zaya, não me faça perder a paciência logo de manhã – Murmurou respirando fundo e continuei sentada – Mas que droga, será que não percebe está doente? – aumentou o tom de voz.

Eu – Será que não percebe o senhor, que estou bem? – perguntei no mesmo tom de voz, a porta se abriu e viramos vendo Dora assustada. Ótimo, ela mais uma vez presenciou nossa discussão.

Dora – Está tudo bem? Pensei ter escutado alguém dizer que está doente – assenti no mesmo instante que Valentim negou, deixando a pobre senhora confusa – Quem está doente?

Valentim – Ela – se apressou em dizer e revirei os olhos – Mas é teimosa o suficiente para negar.

Eu – Eu só preciso trabalhar, estou bem – cruzei os braços emburrada e Dora se aproximou, tocando meu rosto.

Dora – Você está quente, querida, não acho que deva trabalhar assim, pode piorar seu mal estar – Valentim me olhou vitorioso, bufei – Vou preparar um chá que é ótimo para resfriado.

Eu – Não precisa, Do...  ela já foi – suspirei derrotada – Isso não é preciso – neguei.

Valentim – Está óbvio que não sabe o que é preciso – provocou levantando – Vou chamar um especialista para abrir seu carro, por enquanto você fica aqui.

Eu – Eu preciso trabalhar – retruquei ganhado em troca seu olhar sério – Por que não deixa? Você é meu chefe, deveria deixar.

Valentim – É justamente por ser o seu chefe que não permito que trabalhe, se continuar com a teimosia ficará afastada durante uma semana, decida, senhorita Kock – sorriu cínico e minha boca caiu de indignação.

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora