𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 14

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- Z a y a K o c k

Os raios de sol adentraram pelas frestas da janela me mostrando que já havia amanhecido, e que passei a noite em claro. Todas as vezes que meus olhos se fechavam, lembrava dos toques em meu corpo, dos beijos em meu pescoço, e de não ter consegui me defender sozinha.

Há várias mensagens em meu celular, mas estou sem vontade alguma de responder, nem mesmo levantar da cama sou capaz no momento.

O sentimento que tenho é de impotência, raiva por não ter tido reação, por não ter conseguido me defender, se Valentim não tivesse chego o desfecho da história com certeza seria outro, do qual me marcaria para o resto da vida.

Depois que sai do banheiro não consegui permanecer na festa, não conseguiria sorrir e dizer que tudo estava bem, então para todos tive apenas um mal estar, do qual preferi voltar para casa.

Sentei sentindo minha cabeça latejar, passar a noite em claro após chorar não é uma das melhores combinações, levantei indo ao banheiro e suspirei, vendo minha imagem no espelho, meus olhos estão vermelhos pelo choro, olheiras denunciam minha noite mal dormida, e ainda havia resquícios de maquiagem.

Joguei água em meu rosto e me despi, entrando embaixo do chuveiro, toquei minha cintura e fechei os olhos, sentindo nojo das mãos que a tocaram, respirei fundo, terminando rapidamente meu banho, e sai enrolada na toalha.

Penteei meu cabelo deixando o mesmo secar naturalmente, vestindo um vestido de tecido mole, não tenho planos de sair.

Penteei meu cabelo deixando o mesmo secar naturalmente, vestindo um vestido de tecido mole, não tenho planos de sair

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Fui em direção a cozinha, mas antes que eu conseguisse entrar, a campainha tocou. Franzi o cenho abrindo a porta, e meu coração acelerou ao ver Valentim parado a minha frente.

Eu – O que faz aqui? – minha voz saiu como um sussurro, flashes dos acontecimentos de ontem voltaram a minha mente, me lembrando do nosso quase beijo, o qual neguei.

Valentim – Você não dormiu? – ignorou minha pergunta fazendo outra, engoli a seco. Está tão aparente assim? – Zaya, você ao menos cochilou? – perguntou sério, neguei.

Eu – Não consegui – desviei meu olhar, escutei Valentim respirar fundo, antes de seus braços me rodearem, pela segunda vez em um mês ele estava me abraçando, e apesar de parecer estranho, seu conforto apenas me fez retribuir, senti meus olhos arderem novamente, e não contive o choro – De...desculpa.

Valentim – Não sou a melhor pessoa para dar conforto, Zaya – murmurou frio, afagando meu cabelo.

Eu – Eu só...só estou tentando assimilar tudo o que aconteceu – funguei me afastando, ele assentiu pondo as mãos no bolso, sem demonstrar reação – Você quer alguma coisa? Uma água? – enxuguei as lágrimas, forçando um sorriso.

Valentim – Não, era apenas isso – fingiu uma tosse para disfarçar o embaraço, retomando para sua postura séria – Deixei avisado aos seguranças para proibirem a entrada dele em qualquer das empresas, não tem com o que se preocupar.

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora