- Z a y a K o c k
Os raios de sol adentraram pelas frestas da janela me mostrando que já havia amanhecido, e que passei a noite em claro. Todas as vezes que meus olhos se fechavam, lembrava dos toques em meu corpo, dos beijos em meu pescoço, e de não ter consegui me defender sozinha.
Há várias mensagens em meu celular, mas estou sem vontade alguma de responder, nem mesmo levantar da cama sou capaz no momento.
O sentimento que tenho é de impotência, raiva por não ter tido reação, por não ter conseguido me defender, se Valentim não tivesse chego o desfecho da história com certeza seria outro, do qual me marcaria para o resto da vida.
Depois que sai do banheiro não consegui permanecer na festa, não conseguiria sorrir e dizer que tudo estava bem, então para todos tive apenas um mal estar, do qual preferi voltar para casa.
Sentei sentindo minha cabeça latejar, passar a noite em claro após chorar não é uma das melhores combinações, levantei indo ao banheiro e suspirei, vendo minha imagem no espelho, meus olhos estão vermelhos pelo choro, olheiras denunciam minha noite mal dormida, e ainda havia resquícios de maquiagem.
Joguei água em meu rosto e me despi, entrando embaixo do chuveiro, toquei minha cintura e fechei os olhos, sentindo nojo das mãos que a tocaram, respirei fundo, terminando rapidamente meu banho, e sai enrolada na toalha.
Penteei meu cabelo deixando o mesmo secar naturalmente, vestindo um vestido de tecido mole, não tenho planos de sair.
Fui em direção a cozinha, mas antes que eu conseguisse entrar, a campainha tocou. Franzi o cenho abrindo a porta, e meu coração acelerou ao ver Valentim parado a minha frente.
Eu – O que faz aqui? – minha voz saiu como um sussurro, flashes dos acontecimentos de ontem voltaram a minha mente, me lembrando do nosso quase beijo, o qual neguei.
Valentim – Você não dormiu? – ignorou minha pergunta fazendo outra, engoli a seco. Está tão aparente assim? – Zaya, você ao menos cochilou? – perguntou sério, neguei.
Eu – Não consegui – desviei meu olhar, escutei Valentim respirar fundo, antes de seus braços me rodearem, pela segunda vez em um mês ele estava me abraçando, e apesar de parecer estranho, seu conforto apenas me fez retribuir, senti meus olhos arderem novamente, e não contive o choro – De...desculpa.
Valentim – Não sou a melhor pessoa para dar conforto, Zaya – murmurou frio, afagando meu cabelo.
Eu – Eu só...só estou tentando assimilar tudo o que aconteceu – funguei me afastando, ele assentiu pondo as mãos no bolso, sem demonstrar reação – Você quer alguma coisa? Uma água? – enxuguei as lágrimas, forçando um sorriso.
Valentim – Não, era apenas isso – fingiu uma tosse para disfarçar o embaraço, retomando para sua postura séria – Deixei avisado aos seguranças para proibirem a entrada dele em qualquer das empresas, não tem com o que se preocupar.
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Meu Amado Chefe
RomanceZaya dedicou a vida ao trabalho, sem histórico de relacionamentos, sempre imaginou que romances não eram para si. Valentim foi marcado por um relacionamento abusivo, que mudou por completo sua vida, depois de anos fugindo de tudo que o lembrava do o...