𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 72

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• Zaya D'Amico

Nosso sábado está sendo preguiçoso, dormi a manhã inteira sem me preocupar com nada, e Valentim ficou assistindo tv, nada anormal.

Dora e Teresa estão de folga, ou seja, estamos sozinhos hoje, por isso resolvi tentar fazer pão, fiquei com vontade de comer, temos todos os ingredientes... Por que não tentar?

Em teoria é simples, precisei dissolver o fermento no açúcar, adicionei os ingredientes líquidos, sal, os ovos e misturei bem até tudo estar homogêneo.

Aos poucos acrescentei a farinha, mexendo até formar uma massa macia. Agora vem a parte mais difícil, sovar essa massa com minha pequena força, meus braços vão cansar em dois minutos.

Eu – Amor? – chamei tentando sovar, a massa apesar de macia, ficou pesada. Valentim apareceu somente de bermuda, por um momento esqueci o pão, focando em seu abdômen exposto, engolindo em seco.

Valentim – O que foi, meu amor? – beijou meu ombros, observando a massa sobre o balcão – Está mesmo fazendo pão? – ergueu as sobrancelhas divertido, assenti simples, jogando mais farinha no balcão.

Eu – Preciso da sua força, sova essa massa, por favor – sorri meiga, unindo minhas mãos, Valentim colocou a mão na cintura, ponderando tocar suas mãos limpas no meu pobre projeto de pão – Não tenho força suficiente para essa etapa, nosso bebê quer tanto comer pão caseiro – recorri ao nosso bebê, ele me observou rindo, lavando as mãos.

Sorri vitoriosa apoiando meu corpo na bancada, observando meu marido colocar a mão na massa, literalmente.

Valentim – Mereço carinho depois dessa chantagem – murmurou, está reclamando a toa, seus movimentos são ágeis, parece que nasceu para esse trabalho

Eu – Assim que nosso bebê provar o pão, posso pensar em sua recompensa – abracei o mesmo pela cintura, beijando suas costas – É seu dom – brinquei.

Valentim – Sovar pão? – perguntou rindo, concordei me afastando para pegar o tabuleiro – Por quanto tempo essa massa vai descansar?

Eu – Por uma hora, vamos precisar esperar um pouquinho – funguei tocando minha barriga, é torturante esperar para comer algo quando se está com vontade.

Valentim – Enquanto descansa, podemos ver alguma coisa, amor... – propôs, assenti pondo o tabuleiro perto dele, Valentim sovou por um bom tempo, colocando para descansar, limpando as mãos – O que vamos ver? – cheirou meu pescoço, nos guiando até a sala.

Deitamos no sofá, Valentim buscou a manta nos cobrindo. Mesmo estando calor, nossa casa está gelada pelo ar condicionado ligado, grávida sente um calor descomunal, estava impossível deixar desligado.

Eu – Seus vídeos antigos, amor – me aninhei em seus braços, encarando seus olhos, dona Angelina nos enviou um link com os vídeos antigos de Valentim.

Vimos alguns ainda ontem, meu coração se encheu de amor pelo mini Valentim amante do espaço, inclusive, encontramos o vídeo onde seu braço estava enfaixado após subir na cômoda.

Valentim – Tenho a leve impressão de que vou ser zoado em alguns deles – falou desconfiado conectando o celular a televisão, entrando nos vídeos.

Eu – Nunca faria isso, meu amor... que ideia errônea sobre minha pessoa – fingi inocência, de fato não faria isso, não consigo provocar usando vídeos tão fofos.

Valentim riu dando play no primeiro vídeo, passando os braços por trás de mim, repousando a mão na barriga.

O vídeo começou com um garotinho loiro no jardim, Valentim mostrava a flor com um sorriso encantador no rosto, nem parece o homem que conheci, carrancudo pelo passado que o assombrava.

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora