• Valentim D'Amico - 05:00
Eu - Como vocês não encontraram nada? Esse tempo todo a minha mulher pode estar morta! - gritei sendo impedido por meu pai.
Macedo - Sem câmera de segurança fica mais difícil acharmos algo que ajude, além do vidro, só encontramos uma pegada - ignorou minha raiva, falando calmamente.
Como ele pode falar calmamente enquanto eu me sinto perdendo algo a cada segundo que a resposta continua sendo essa. Ele tem o dever de saber onde Zaya está!
Eu - Não precisa ser inteligente, sabemos com quem estamos lidando - rosnei, soltando meu braço bruscamente, afastando meu pai.
Angelina - Se acalme, meu filho, eles vão fazer o possível para encontrá-la - falou preocupada e neguei puxando meu cabelo _ Pare com isso - tentou segurar minhas mão, me afastei. sem controle chutei a cadeira, derrubando - Filho...
Macedo - Mandei vasculhar todo raio ao redor daqui, precisamos contar com o pouco tempo que se passou - ri irônico o encarando irritado.
Eu - Pouco tempo? POUCO TEMPO? Sabem o que pode acontecer com pouco tempo? ZAYA PODE SOFRER NAS MÃOS DO LOGAN - gritei ficando a centímetros do mesmo que não fez nada além de me encarar sério.
Todo meu corpo se tensiona apenas de pensar em minha mulher sozinha, sofrendo enquanto não temos uma pista de onde ela pode estar e cada minuto que passa só penso em como eu não posso ficar sem ela, não posso perder Zaya, não posso.
Eu - MERDA - chutei outra cadeira, meu olhar escureceu e senti minha cabeça ser apertada, na mesma intensidade que meu coração está esmagado por não poder vê-la aqui.
Minhas mãos trêmulas derrubaram o vaso que Zaya tanto gostou e xinguei, abaixando. Tentei juntar os pedaços mas não havia solução, pisei nas flores sentindo a raiva me consumir.
Após meses tendo controle do meu corpo, me sentindo finalmente livre do controle que toda aquela merda tinha sobre mim... Logan não só conseguiu tirar Zaya dos meus braços, como o mesmo conseguiu fazer eu me perder igual ao passado.
Meu corpo inteiro tremia procurando algo para descarregar as emoções perturbadas, ouvi me pedirem calma mas não reconheci quem era e andei cegamente pelo corredor, entrando com raiva no quarto.
Entrar onde dormimos ontem foi como morrer outra vez, grunhi puxando as roupas de cama, jogando os travesseiros na lareira desligada, eu havia perdido o controle, tudo ao redor estava feito borrão e por mais que conseguisse sentir alguém tentando me parar, eu não parei.
Chorei, chorei de raiva por falhar, fui idiota por achar que aqui estaríamos longe da bagunça e conseguiríamos ficar bem. Chorei culpado por estar dormindo enquanto Zaya foi pega.
Chorei por conseguir ouvir sua voz me chamar e tudo não passava da merda de uma ilusão, a mesma não estava aqui, mas eu a queria!
Me assustei com meu próprio soluço, parei por um segundo implorando para que ela surgisse do banheiro, me abraçando, dizendo que foi um pesadelo. Mas a realidade foi dura ao falar que era sim um pesadelo, um pesadelo real.
Senti algo pontiagudo perfurar meu braço, me virei vendo meu pai negar culpado a tempo de sentir meu corpo cair sem força nos braços do mesmo que pedia desculpa, e meus sogros na porta, assustados assim como minha mãe.
Sem controle, fechei os olhos.
• Saulo D'Amico
Engoli o choro deitando Valentim na cama, foi cruel ver meu filho descontrolado novamente, sendo minha única opção sedar o mesmo por medo dele se machucar. Jurei que nunca mais precisaria fazer isso, mas fiz.
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Meu Amado Chefe
RomanceZaya dedicou a vida ao trabalho, sem histórico de relacionamentos, sempre imaginou que romances não eram para si. Valentim foi marcado por um relacionamento abusivo, que mudou por completo sua vida, depois de anos fugindo de tudo que o lembrava do o...