- Z a y a K o c k
Quando acordei ainda estava nos braços de Valentim, pela primeira vez não fugi e sinto que a cada dia perco o controle dos meus sentimentos, é uma insegurança surgindo com a sensação, talvez agora normal, que Valentim me causa. Quero permanecer sentindo essa sensação tão boa.
Fomos avisados agora pouco que mais pessoas virão, sendo sincera, não sei o que pensar sobre já que, para todos, eu sou apenas a secretária do Valentim, o que estamos fazendo foge da ética e conduta que deveríamos seguir. Isso é um grande motivo para a mídia parar com a notícia, dando problema não só para nós, quanto para a D'Amico.
Arrumei minha roupa, encarando meu reflexo no espelho. Não saber quem está vindo me deixa insegura, pode ser um representante ou algum empresário investidor, imagina assustar ele antes do mesmo agir.
Ondulei meu cabelo soltando para ter uma aparência natural, prendendo parte da frente com um lenço estampado Pied-de-Coq, o qual ganhei de dona Angelina. Pareço uma camponesa vinda da cidade.
Valentim – Está pronta? – apareceu no banheiro, seu olhar automaticamente focou no decote do macaquinho. Sorri vendo o mesmo engolir a seco.
Eu – Meu rosto está mais acima – ergui minha mão balançando, Valentim não esboçou reação alguma, apenas olhou para meus olhos – Sua mãe disse quem está vindo? – perguntei voltando para o quarto junto dele.
Valentim – Não – bufou encostando no batente da porta – a confidencialidade dela as vezes me irrita · ri abrindo um pouco minha mala, abaixando, colocando a nécessaire junto do secador – Zaya! – meu nome saiu de sua boca como um sussurro, fazendo todos os meus pelos se arrepiarem.
Eu – Sim? – me virei encontrando seus olhos atentos em mim, levantei rápido sentindo meu rosto esquentar, certeza que estou vermelha, Valentim negou fechando os olhos, murmurando algo um tanto incompreensível – Eu... acho que Margarida precisa de ajuda, melhor ajudá-la.
Valentim – Preciso tomar um banho, o mais gelado possível – esfregou o rosto entrando no banheiro, trancando a porta. Fiquei por minutos paralisada e bati na testa, retomando a consciência que havia corrido para longe.
Eu – Tenha controle Zaya, você tem 23 anos, não é uma adolescente com todos os hormônios a flor da pele – sussurrei para mim mesma, o único contato que tive com homens foi por beijos, nunca senti meu corpo implorar por algo, na verdade, apenas quando sonhei com o Valentim.
Desci para a área externa e Margarida estava arrumando a mesa, quem for o convidado está perto de chegar e meu nervosismo só aumenta.
Senti meu celular vibrar e olhei, vendo uma chamada de vídeo, sorri com três mensagens da Tati mandando atender a ligação, isso porque acabou de ligar. Sentei em um dos bancos, atendendo, vendo a mesma de bruços na cama.
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Meu Amado Chefe
RomanceZaya dedicou a vida ao trabalho, sem histórico de relacionamentos, sempre imaginou que romances não eram para si. Valentim foi marcado por um relacionamento abusivo, que mudou por completo sua vida, depois de anos fugindo de tudo que o lembrava do o...