𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 38

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· Zaya Kock

"ɴᴀ ɴᴏɪᴛᴇ ᴅᴀ úʟᴛɪᴍᴀ sᴇxᴛᴀ, ᴠɪʀᴀᴅᴀ ᴘᴀʀᴀ sáʙᴀᴅᴏ, ᴠɪᴀᴛᴜʀᴀs ғᴏʀᴀᴍ ᴄʜᴀᴍᴀᴅᴀs ɴᴀ ᴘʀᴏᴘʀɪᴇᴅᴀᴅᴇ ᴅᴇ ᴢᴀʏᴀ ᴋᴏᴄᴋ, ɴᴀᴍᴏʀᴀᴅᴀ ᴅᴏ ᴇᴍᴘʀᴇsáʀɪᴏ ᴠᴀʟᴇɴᴛɪᴍ ᴅ'ᴀᴍɪᴄᴏ.

ᴀ ɪɴғᴏʀᴍᴀçãᴏ ǫᴜᴇ ᴏʙᴛɪᴠᴇᴍᴏs ғᴏɪ ᴜᴍᴀ ɪɴᴠᴀsãᴏ ɴᴏ ᴀᴘᴀʀᴛᴀᴍᴇɴᴛᴏ ᴅᴀ ᴍᴇsᴍᴀ, ᴇɴǫᴜᴀɴᴛᴏ ᴀɪɴᴅᴀ ᴅᴏʀᴍɪᴀ.

ᴏ sᴜsᴘᴇɪᴛᴏ ɴãᴏ ғᴏɪ ᴅɪᴠᴜʟɢᴀᴅᴏ, ᴀᴘᴇɴᴀs ɴᴏs ғᴏɪ ɪɴғᴏʀᴍᴀᴅᴏ ǫᴜᴇ ᴀɪɴᴅᴀ ᴘᴇʀᴍᴀɴᴇᴄᴇ ᴅᴇsᴀᴘᴀʀᴇᴄɪᴅᴏ.

ʟᴇʀ ᴍᴀɪs..."

A notícia estava em todos os meios de comunicação, não havia uma pessoa sequer sem conhecimento do ocorrido, nossas vidas foram expostas para milhares de espectadores, que me olhavam com mistura de curiosidade e piedade. É uma sensação horrível.

Cada funcionário que passava pela minha mesa, lançava um olhar cedento por informações, alguns tão incômodos que me obrigavam a fingir estar ocupada para ignorar sem demonstrar ser afetada.

Valentim tentou me convencer a trabalhar em sua sala, mas estaria permitindo que tirassem muito mais de mim, assim como tiraram toda segurança que sentia nos lugares.

Ainda me sinto inquieta com barulhos, vultos, pessoas falando ao meu redor. Era como se os meus sentidos gritassem "Cuidado" por coisas que nem mesmo perigo apresentam.

Fechei os olhos ouvindo portas baterem, toda manhã foi assim, o estresse está acabando de esgotar minhas energias.

Tatiana - Está tudo bem, amiga? - tocou meu ombro, assenti rápido me desvencilhando. Ela me encarou preocupada, deixando pilhas com relatórios no balcão - Tudo te assusta, Zaya.

Eu - Vou ficar bem, só preciso me acostumar, tudo é recente - sorri fraco olhando a agenda, Tati respirou fundo se sentando - O assunto é minha vida, não é?

Tatiana - Só falam disso, especulando quem e como entraram no seu apartamento - falou - Mas não tocaram no nome certo, não fazem a menor noção.

Eu - Melhor assim, quanto menos informação, melhor - assenti enrijecendo novamente com o elevador abrindo, era um funcionário, que se esticou para me olhar, disfarçar ao perceber nossos olhares nele - Que cansativo - bufei.

Tatiana - Deveria ter aceitado trabalhar na sala de Valentim - pegou a primeira pasta da pilha, começando a digitalizar - Seria mais fácil para você, não ficaria tão assustada.

Eu - Não estou assustada - ela me olhou séria, suspirei mexendo no cabelo - Talvez pouco.

Tatiana - Tente mentir para si, não para mim - sorriu implicante, ri empurrando seu ombro de leve - Como está sendo morar com ele?

Eu - Só passou um dia, Tati, não tem como ser muito diferente - ontem passamos o dia off, foi bom ficar longe dos problemas, Valentim pediu para que busquem minhas coisas, achei melhor não pegar tudo, apenas o necessário e caso precise, eu busco no apartamento.

Tatiana - Vocês são maduros para esse passo, viveram tantas coisas em um mês de namoro - eu concordava.

Eu - Estou evitando pensar muito, enlouqueço se continuar com tanta coisa na mente - sorri, tentando me distrair com o trabalho.

Meu Amado Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora