• Zaya D'Amico
Nem acredito estar comemorando um mês de casada com Valentim, um mês que fui amada, como amei, cuidada, como cuidei. Isso porque buscamos sempre estarmos juntos, um com o outro, mesmo sem nada importante.
Meu desejo era comemorar fora, mas estamos lidando com a mídia desde que descobriram o novo sistema, loucos por alguma informação e seria impossível jantarmos tranquilamente.
Por isso, preparei nosso jantar com Dora, nada muito chique como seria no restaurante, além do jantar, arrumamos o quintal com velas, um arranjo de flor e luzes. Importante é ter amor.
Valentim precisou passar na D'Amico para ver alguns papéis e assinar liberações, acabou me ajudando na surpresa, comprei um relógio que ele queria, dar presente para esse homem não é nada fácil, tem tudo.
Dora - Prontinho, menina... Quando for servir, liga uns minutinhos antes para esquentar - se existem anjos disfarçados, Dora seria um, foi minha salvação nessa loucura.
Eu - Obrigada mesmo, Dora - suspirei fazendo bico, abraçando a mesma que riu, me fazendo cafuné - Está indo para casa? Posso levar a senhora rapidinho - perguntei enxugando as mãos.
Não atrapalharia, estou pronta porque enquanto tomava banho, ela continuou os preparativos. Sem contar que está ficando tarde para deixar Dora sozinha nessas ruas.
Dora - Pego o ônibus rapidinho, não se preocupe - neguei pegando as chaves, vendo sua feição incrédula, me fazendo rir - Essa mania desses jovens de ignorar um pobre velho - murmurou negando.
Eu - Onde está velha, Dora? - perguntei divertida, unindo nossos braços, nos levando a garagem - Quero estar como a senhora, toda moderna, ativa...
Dora - Resultado de muito trabalho, minha filha, você é herdeira agora - falou óbvia. Gargalhei abrindo a porta para ela, entrando no carro.
Como imaginei, não demoramos nadinha, fiz questão de esperar Dora entrar para voltar. A mesa estava posta no quintal, Valentim não veria assim que entrasse em casa, teria que me procurar, essa seria a surpresa.
Agora resta esperar pelo meu marido.
• Valentim D'Amico
Eu - Amor? - chamei entrando em casa. Zaya não acendeu as luzes, talvez esteja no quarto, bom que consigo passar com essa caixa sem aquela curiosa espiar - Amor, cheguei.
Me aproximei da escada, parando quando ouvi um barulho no quintal. O que essa mulher está fazendo sozinha fora de casa?
Franzi o cenho caminhando lentamente, claro que não deveria temer, afinal, estamos fazendo um mês de casados, imaginei que ela prepararia algo, apenas não sei o que.
Nunca imaginei que estar casado significaria estar feliz assim. Zaya preencheu o vazio que fizeram em meu peito, com seu jeito sutil, marcando tanto minha vida. Faria tudo novamente se fosse para tê-la em meus braços.
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Meu Amado Chefe
RomanceZaya dedicou a vida ao trabalho, sem histórico de relacionamentos, sempre imaginou que romances não eram para si. Valentim foi marcado por um relacionamento abusivo, que mudou por completo sua vida, depois de anos fugindo de tudo que o lembrava do o...