Capítulo 59

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20:06 da noite.

Abro a porta do quarto do Matheus e vejo ele pondo o colete e se enchendo de armas e balas até os dentes.

Suspiro entrando, me pergunto quantas vezes suspirei só hoje. Fecho a porta.

Gabrielle - Matheus. - ele para de colocar as balas nas armas. - você tem alguma coisa pra me contar?

Mat - não. - diz grosso.

Gabrielle - não espere que eu vou tacar as coisas no chão, pirraçar ou dar chilique porque eu não vou, me fala o porque de você está assim agora, eu acho que eu mereço pelo menos isso. - cruzo os braços olhando séria para ele.

Mat - Gabrielle. - ele me olha. - eu não quero conversar, tenho coisas importantes para fazer, o chefe vai invadir a porra desse morro daqui a pouco, eu não posso perder tempo com você.

Gabrielle - então eu não sou importante para você? Até pouco tempo estava dizendo que me amava. - digo irônica.

Mat - chega, eu não quero discutir com você agora.

Gabrielle - ta bom, eu vou direto ao ponto porque não quero rodeios, você me traiu, não é matheus? Se eu tiver errada, que você me corrija agora! - ele fica em silêncio e eu sorrio.

Mat - gabrie.. - eu impeço ele de dizer.

Gabrielle - VOCÊ ME TRAIU? EU QUERO OUVIR DA SUA BOCA MATHEUS. - falo com raiva.

Mat - SIM PORRA, NÃO AUMENTA O TOM PRA MIM NÃO CARALHO.

Gabrielle - porque? A gente tava tão bem matheus, você teve que estragar tudo mesmo porra?

Mat - gabrielle, para de drama porra, parece maluca caralho. - fala vindo até a mim.

Gabrielle - não, eu estou bem sã de mim caralho, e ai de você dizer que eu não estou.

Mat - eu estou falando sério com você porra. - vejo raiva nos seus olhos. - eu tenho coisas importantes agora, então vá embora, não tenho tempo pra ter briga de casal não falou.

Gabrielle - você realmente é um puto do caralho Matheus.. Certo, eu e você não existe mais, e eu não vou correr atrás de você, você conhece bem minha personalidade e sabe que tipo de mulher você perdeu. - ele segura meu braço forte.

Mat - você não vai terminar comigo porra, VOCÊ NÃO PODE!!

Gabrielle - não só eu posso como eu devo. - me solto.

Saio dali batendo a porta forte ouço ele gritar algumas coisas, mas dou de ombros.

Vou até minha casa aonde estava a Angela, João e a Julia, começo a por o colete e as armas e balas.

Julia - gabi... O que foi? Aconteceu alguma coisa? - assim que ouço sua voz meu coração abala, olho para ela cheia de lágrimas nos olhos. - minha filha...

Gabrielle - Julia. - ela estende o braço e eu vou correndo abraçar ela. - EU ODEIO O MATHEUS, EU ODEIO ELE, AQUELE PUTO DO CARALHO, EU VOU MATAR ELE, EU JURO. - digo berrando e chorando muito.

Aos meus berros, Angela e João veio correndo para ver o que estava havendo, sinto a Julia passar sua mão por cima de meu cabelo.

Julia - ele te machucou, não foi? Desde o começo, meu filho não mereceu a mulher que ele tinha na mão, ele não soube te valorizar, e isso o fez perder você.

As palavras dela veio como conforto para mim, mas a dor era imensa, sentia que meu coração se quebraria em cacos.

Era uma dor terrível e insuportável, como se tivesse sendo esmagado, minha confiança? Abalada...

Me arrependo de não ter ouvido o J, se eu tivesse, será que eu estaria assim agora? Provavelmente não.

BlindadaOnde histórias criam vida. Descubra agora