13h30min – 2 de fevereiro - Terça.
A manhã passou voando. Nunca pensei que os dois primeiros dias de aula pudessem passar rápido assim.
Por favor, continue.
Normalmente eu espero o meu irmão para voltar para casa, mas hoje não. Como minha última aula do dia foi Educação Física, que eu amo. Eu dava uma enroladinha maior para ir embora.
Eu não estava voltando a pé sozinha, a Malu veio comigo, mas me despedi dela dois quarteirões atrás.
Faltavam apenas alguns passos para eu chegar a minha casa. E eu quero muito a minha cama, apesar de saber que não a terei.
Preciso fazer uma atividade de biologia, sendo assim, minha tarde será de pesquisas e mais pesquisas.
Tenho sorte por ser tarefa da minha matéria favorita, se fosse qualquer outra, eu não faria tão cedo. Enrolaria, e só lembraria que ela existe um dia antes de entregar.
Pego a minha chave na mochila, mas antes de colocá-la na porta me certifico se a porta está realmente trancada, e estava. Milagre.
Entro em casa, e novamente tiro o tênis. Sempre faço isso, facilita a minha vida pela manhã, principalmente quando estou atrasada.
A televisão estava ligada e isso acabou chamando a minha atenção para a sala. Observei a sala toda, mas não tinha ninguém.
— Será que esquecemos a TV ligada? — questionei, pensativa. — Não. Isso tem a cara do Léo. Ele deve ter levado o Ozzy para passear e acabou esquecendo...
Caminhei até o sofá peguei o controle e a desliguei. Deixei a minha mochila no sofá, abri o bolso e tirei meu celular de lá.
Agora que está tudo em completo silêncio ficou mais fácil ouvir o som da minha barriga. É, eu estou morrendo de fome, fazer uns exercícios sempre abre meu apetite.
Passei a mão na minha barriga.
— Vou te alimentar. — resmunguei enquanto caminhava para a cozinha.
Assim que entrei na mesma dei um passo para trás pelo susto.
Claro que ele está na minha casa, parece até que mora aqui. Talvez eu que tenha entrado na casa errada. É possível?
Olhei ao redor só para ter certeza que eu não estava pirando e que entrei na casa certa.
Respirei aliviada, mas senti seus olhos cravados em mim. Vi que o Nathan acompanhou todo o meu corpo com o olhar.
Olhei para mim também, e me lembrei de que voltei para casa com a roupa da Educação Física. Shorts, camiseta do colégio e meu moletom preso na cintura.
Ok, esse é o momento de fingir a Kátia.
Dei a volta no balcão, abri a geladeira, peguei um sanduíche vegetariano que minha mãe havia deixado pronto para mim e sentei no banquinho.
Coloquei meu celular em cima do balcão e comecei a comer.
Fingir que o Nathan não existe é a melhor solução.
Estava terminando de matar a minha fome quando meu celular começou a vibrar.
Olhei o visor. Malu. Tinha que ser. Ninguém me liga além dela, do meu irmão e da minha mãe.
Peguei o celular depois de engolir o último pedaço de sanduíche e atendi no quarto toque.
— Fala coisinha! — dei um sorriso e quando olhei para frente acabei encontrando o olhar do Nathan, então desviei os meus olhos para a fruteira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Descobrindo o Amor
RomanceOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...