(Olivia)
08h50min – 9 de Março – Terça.
Como íamos embora depois do almoço decidimos passar a manhã no salão de jogos. Não tínhamos entrado nele ainda, e me arrependo um pouco por isso... Deveria ter vindo aqui antes.
O espaço era grande o suficiente para caber quatro mesas: uma para jogar xadrez e dama, outra de ping pong, uma de sinuca, e por último a mesa de pebolim.
— Em qual vamos primeiro? — pergunta Luca.
— Sinuca! — falo empolgada.
— E você alcança as bolas desde quando? — Gui brinca.
— O que foi que você disse? — o encaro com a testa franzida e direciono minhas mãos até a cintura.
— Que você não tem tamanho para ganhar. — Gui continua com o tom brincalhão, e aperta a minha bochecha.
Sei que sou pequena, mas nada me impede de sentar na mesa, inclinar o meu corpo para acertar a bola e encaçapar. Sempre fiz isso, e sempre deu certo. Eu hein!
— Você está tão ferrado, Gui! — Malu diz com um sorrisinho.
— Não sei o porquê acha isso, eu jogo muito bem. — ele respondeu, convencido.
— Veremos! — falo em tom de desafio.
Formamos pares e dessa vez fiquei com a Malu.
Eles não sabem, mas desde que conheci a Malu passamos a frequentar assiduamente o salão de jogos do prédio dela e ficamos muito boas na sinuca. Porque sempre que tínhamos a oportunidade jogávamos.
E se eles quiserem apelar e trocar para a mesa de pebolim, também não será um problema, somos muito boas.
No sorteio que fizemos, eles acabaram ficando com o número par e nós ficamos com o impar.
Eu tenho que admitir que eles também são bons no jogo, o que o tornou bem disputado. Eu amo competição desde que ela seja saudável, e isso me deu o incentivo que eu precisava.
Minha melhor amiga é ótima jogando também, mas ela não só jogou como usou algumas vezes suas habilidades de sedução para distrair o Luca, e isso nos ajudou bastante.
Amo essa garota!
— Você me distraiu, Maria Luiza! — Luca fala indignado quando encaçapa a bola errada.
— Eu? — ela apontou para si mesma e olhou para ele que afirmou com a cabeça. — Mas eu não fiz nada, amorzinho. — Malu sorriu ironicamente para ele.
Faltava apenas encaçapar uma bola para que vencêssemos o jogo e eu ia fazer a tacada final.
Os meninos tentaram me desconcentrar, mas nada iria tirar esse momento de mim. Sentei de lado em cima da mesa, me inclinei um pouco e acertei a bola branca. Ela foi até a bola de número cinco, e eu fechei meus olhos.
Não queria ver, mas estava torcendo para ela ter entrado. Fiquei com os olhos fechados até ser puxada pela mão por uma Malu que ficou saltitando na minha frente dizendo que ganhamos.
— Vocês não sabem brincar! — Gui resmunga chateado.
— E você não sabe perder! — retruco com um sorriso e ele me puxa para um abraço.
Olho para Malu que está se aproximando do Luca. Ele está de braços cruzados e com a cara emburrada.
— Não fica bravo comigo! — ela pede.
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Descobrindo o Amor
RomanceOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...