11h40min – 31 de janeiro - Domingo.
Dias atuaisAssim que volto para o aqui e o agora, encaro o Nathan de maneira hostil.
— Se você jogar outra bolinha eu vou até ai fazer você engolir todas. — pego a bolinha e jogo de volta nele.
— Será que vocês podem parar de se implicar? — olho para a cadeira ao lado, e lá estava o meu irmão.
— É só manter ele longe, Léo. — aponto com o dedo para o Nathan, e vi o momento exato que ele revirou os olhos.
Idiota.
Aproximo o livro do meu rosto, e volto a ler calmamente. Em alguns trechos eu dava alguns sorrisos bobos, sou doida por clichês. Não que o desse livro seja algo comum, porque é impossível, mas não deixa de ser maravilhoso. Começo a me sentir um pouco inquieta, entediada, então abaixo o livro um pouquinho para observar os dois intrusos sentados na frente do meu computador.
Meu irmão tinha um notebook, infelizmente o aparelho tinha sido furtado e ele não tem dinheiro para comprar outro. E o outro notebook que temos em casa fica no escritório da minha mãe. Dona Sandra o usa estritamente para o trabalho, sendo assim, o Léo não tem muita opção a não ser usar o meu.
Quando eles entraram no quarto me disseram que iam pesquisar espaços legais para a formatura deles, mas não é isso que vejo quando decido dar uma espiadinha de longe no computador. Sim, eu sou curiosa mesmo. Ao invés de estarem fazendo o que deveriam, os dois estão vendo uma reportagem sobre algumas influenciadoras digitais, ai, ai, homens. Reviro meus olhos por um breve momento, mas acabo deixando um sorriso fofo se formar no meu rosto quando ouço meu irmão falar.
— Ela é linda mesmo, mas a minha Isa é mais. — Léo faz uma pequena pausa e continua. — Pelo menos para mim.
Sim, meu irmão tem uma namorada, eles estão juntos há dois anos e meio. É o casal mais glicose que eu conheço, a relação deles me encanta muito, apesar de me dar náusea às vezes.
Suspiro, e volto o meu olhar para o livro.
Queria viver algo assim.
E mais uma vez tive meus pensamentos interrompidos por uma porcaria de bolinha.
— Será possível que não vou poder ler em paz? — fecho o livro e o coloco ao meu lado no colchão.
— O que tem de tão interessante nessa estória? — Nathan pergunta enquanto se levanta e caminha até minha cama.
— Não é da sua conta. — direciono minha mão para o livro, mas ele consegue ser mais rápido. — Devolve!
Observo enquanto ele lê a sinopse e fecho o semblante quando escuto sua risada.
— Um fantasma? Sério? — ele continua gargalhando. — Léo, eu não sabia que sua irmãzinha tinha um fetiche por fantasmas.
— O Jesse? Ela é apaixonada por ele. — olho para o meu irmão.
Ele acabou de me entregar? X9! Maria fifi! Aprendiz de Zé Felipe.
— Que merda, hein? – Nathan continua caçoando da minha cara.
Levanto e paro na sua frente. Ttento pegar o livro de suas mãos, mas ele faz questão de levar o livro o mais alto possível com os braços. Fico na ponta dos pés para tentar pegá-lo, estico o braço e mesmo assim não consigo alcança-lo. Só para deixar claro, eu tenho 1,53, eu sou pequenininha e esse brutamonte tem 1,89. Uma injustiça.
Sabia que não conseguiria pegar o livro dessa maneira, então olhei para a minha cama e subi na mesma, dessa forma ele ficou alcançável para minhas mãos. Inclinei o corpo com a mão direita esticada, agarrei a ponta do livro e tentei puxá-lo para mim, mas logo em seguida acabei perdendo o bendito equilíbrio.
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Descobrindo o Amor
RomanceOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...