Capítulo 26: Pedalinho

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8h45min – 6 de Março – Sábado

— Acorda, Malu! — começo a saltitar na sua cama.

— Me deixa dormir! — ela resmunga e me atinge com o travesseiro.

— São quinze para as nove, coisinha, vamos tomar café da manhã. — volto a saltitar. — Anda mulher, acorda! — deito ao lado dela, e fico cutucando seu rosto com a ponta dos dedos.

— Vou arrancar seu dedo na dentada. — ela avisa irritada.

Malu odeia acordar cedo, o humor dela fica péssimo, mas é por uma boa causa. Tenho certeza que esse lugar é o próprio paraíso.

Eu encontrei um panfleto aqui no chalé que me confirma isso. Explicava detalhadamente todas as atividades que podem ser feitas aqui, tudo que eles proporcionam para os hospedes.

— Pode arrancar. — aponto o dedo na frente da sua boca. — Não vai diminuir minha felicidade por estar aqui e nem minha empolgação.

— Você está louca para conhecer cada canto desse lugar, não é? — ela pergunta um pouco sonolenta.

Olho para a Malu assim que ela vai abrindo os olhos lentamente.

— Posso abrir as janelas? O dia deve estar lindo. — pergunto com jeitinho.

— Já me acordou mesmo, peste! — ela me mostrou a língua e eu dei risada.

— Que atitude mais adulta. — zombo.

Levanto e caminho até as janelas, mas antes mesmo de abri-las escuto uma batida na porta, direciono minha mão para a maçaneta e abro.

— Ela já acordou? — pergunta o Luca baixinho.

— Sim, mas continua deitada. Já tentei de tudo.

— Deixa comigo! — ele sorriu de lado e caminhou lentamente até a cama.

Olho para a porta e me deparo com um Gui com o rosto amassado de sono.

— Pode entrar! — falo baixinho e abro caminho.

— Bom dia, baixinha! — Gui deposita um beijo na minha bochecha e me abraça.

Ficamos abraçados enquanto olhávamos para a cena a nossa frente.

Luca havia se deitado ao lado da Malu, ela tinha voltado a cochilar.

Puta merda, vai dar ruim.

Ele passou o indicador suavemente pelo rosto dela e por pensar que fosse eu a atormentando, Malu não pensou muito quando mordeu o dedo dele.

— Porra, pode nem ser carinhoso nessa merda. — grita o Luca quando consegue puxar o dedo e o avalia com cuidado.

— Me perdoa, me perdoa! — Malu levanta às pressas e segura a mão do Luca. — Pensei que fosse a Ivy.

— Quer dizer que se fosse eu, estaria tudo bem? — pergunto com as mãos na cintura enquanto tento parar de rir.

— Tá doendo pra cacete. — Luca balança o dedo.

— Pede um beijinho pra sarar. — diz o Gui roxo de tanto rir.

— Eu aceito! — Luca faz um biquinho para a Malu, e leva um tapa no braço como resposta.

— Deixa eu me arrumar que eu ganho mais. — Malu fala irritada ao se levantar da cama.

Ela pega qualquer roupa na mala e caminha para o banheiro.

— O que vamos fazer? — pergunta Gui.

— Podíamos ir à tirolesa. — sugiro.

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