15h30min – 6 de fevereiro – Sábado.
Meu olhar logo se encontra com o da Malu. Ela está conversando animadamente com um dos garotos que está deitado nas espreguiçadeiras.
No momento em que o garoto seguiu o olhar da Malu e olhou para mim, ele rapidamente se sentou. Esse movimento desesperado fez um sorriso malicioso surgir no rosto da minha melhor amiga.
Quanto mais eu me aproximava, mais o rosto do garoto ficava nítido, e quando eu finalmente fiquei perto o suficiente, eu me impressionei.
Ele é muito bonito. Me lembrou o ator Michael Ealy, não apenas pelo tom da pele, mas o seu cabelo é castanho e cacheado, seus olhos são verdes... Uau.
Ele parece ser alto, não que seja muito difícil ser alto perto de mim, mas enfim... Fico olhando para ele por alguns segundos e ele corresponde o olhar me lançando um sorriso de lado. Desvio o olhar do dele e viro para a Malu. Tenho certeza que eu estou parecendo um pimentão agora. Maldita timidez.
— Gui, essa é a Olivia. — Malu aponta do garoto para mim. — Flor, esse é o Guilherme.
Ele se levantou, e puta merda, ele é mais alto do que eu pensei. Ele se abaixou e depositou um beijo na minha bochecha.
— É um prazer conhecer a dona da festa! — Guilherme abriu um sorriso. E que sorriso.
— Garoto faz isso comigo não. — acabo deixando escapar e arregalo meus olhos.
— Fazer o que? — ele me olhou confuso assim como a Malu.
— Ah, é... Oi? Tudo bom com você? — forcei um sorriso e pedi socorro com o olhar para a Malu.
— Liga não, ela é doidinha assim mesmo. — Malu intercedeu e eu respirei aliviada. Ela olhou do Guilherme para mim e sorriu de maneira travessa. — Eu preciso ir ali resolver uma coisa muito importante, então... Tchauzinho. — ela acenou, puxou um dos garotos que estava ali, virou as costas e se mandou. Deixando nós dois sozinhos.
Mas que filha da mãe!
Eu nunca fui muito boa para manter conversas com pessoas novas, principalmente garotos, tenho muita vergonha.
Normalmente só consigo conversar com eles quando tem outras pessoas junto, caso contrário eu fico acanhada.
Timidez é uma droga.
— O que acha de a gente se sentar e conversar? — Guilherme aponta para as espreguiçadeiras.
Eu apenas assinto e me sento em uma delas.
— Então, é sua festa de boas vindas? — ele tenta puxar assunto.
— Isso. Voltei do Canadá semana passada. — explico.
— Passou a férias por lá? — Guilherme se deita na espreguiçadeira e me encara com curiosidade.
— Meus avós foram morar lá tem uns anos, então acabo indo nas férias de fim de ano. — dei de ombros.
— Por isso eu não te vi mais no clube. — ele resmunga e eu arqueio a sobrancelha.
— Me conheceu de vista no clube?
— Não. — semicerrei meus olhos para ele que riu.
— Ué, de que lugar me conhece?
— Eu estudo no mesmo colégio que você.
— Espera, você estuda no Rio Branco também? — pergunto pasma.
Eu sou tão míope assim? Como é que eu nunca vi esse garoto no colégio antes?
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Descobrindo o Amor
RomantizmOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...