Capítulo 32: Deus Grego

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12h50min – 15 de Março – Segunda.

Quando a aula chegou ao fim decidi ficar sentada no degrau da banca conversando um pouco com o Luca e a Malu .

Falamos sobre a nota do trabalho de história. Nós três tiramos boas notas, eu e a Malu tiramos a mesma já que fizemos juntas, e o Luca tinha feito o trabalho com um dos meninos do fundão.

Estamos  esperando o Gui que ainda não havia sido liberado da aula. Como morávamos perto, passamos a ir juntos para casa desde que formamos o nosso quarteto.

— Ele não mandou nada e nem ligou, flor? — olho um pouco confusa para a Malu.

— De quem está falando? — pergunto.

— Do Deus Grego da pousada. — ela sorriu maliciosamente e eu neguei com a cabeça.

Na verdade, eu não me surpreendi quando não recebi nada do Matheus. Nem me importei muito, já era esperado que ele não fosse me procurar.

— Cuidado viu, fujona?! É capaz da Malu roubá-lo de você. — Luca provoca a Malu enquanto direciono meu olhar para ele.

— Você está brincando com fogo, garoto. — digo com um sorriso e olho para a minha melhor amiga.

— Ele não faz o meu tipo, prefiro garotos que usam óculos. — ela pisca para o Luca que aproveita para apertar as bochechas dela.

Olho para a saída do colégio e suspiro impaciente. Na boa, cadê o Gui? Não quero ser castiçal... Não sozinha.

Olho para os dois mais uma vez, e eu dou risada da careta que o Luca faz ao ter o cabelo bagunçado pela Malu.

Fico observando os dois se implicarem e não demora muito para que terminem abraçados. Eles vivem se provocando assim, mas parar de enrolar que é bom... Não querem!

Queria ser uma mosca para presenciar o momento que finalmente dessem o primeiro beijo... Pensando bem talvez não fosse uma boa ideia, certeza que vai sair até faísca.

— Maninha? — olho para o meu irmão que tinha acabado de passar pela catraca.

Ele está de mãos dadas com a namorada que sorriu carinhosamente para mim e eu retribuí no mesmo instante.

Um pouco atrás deles está o Nathan que me encara ao mesmo tempo em que arruma o topete. A única ação que me permiti fazer foi a de revirar os olhos para ele e voltar a focar no Léo.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto um pouco preocupada.

— Não pequena. Só queria te avisar que vou ficar no colégio à tarde porque temos um trabalho para fazer. — ele aponta para a namorada, para o melhor amigo, para o Gabriel e para o Guto.

— Entendo, e que bom! — falo animada.

— Como assim que bom? — Léo pergunta indignado. — Está pensando em aprontar?

— Claro que não, apenas vou aproveitar que terei a casa inteira só para mim. — dou de ombros.

— Entendi, vai aproveitar a paz para dormir, né? — ele riu e eu sorri como resposta.

Não posso negar que amo tirar um cochilo à tarde, principalmente quando tenho ela livre, e não tenho tarefas ou trabalhos para fazer.

Eu realmente dormi mal noite passada, tive um pouquinho de dor de cabeça e eu detesto.

Tenho crises de enxaqueca desde sempre, perdi as contas de quantas vezes parei no hospital por conta disso.

Em todos os exames que eu fazia constava sinusite e eu tinha que me entupir de antibióticos.

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