2h30min – 3 de fevereiro - Quarta.
O cansaço estava enorme, mas no meio da noite despertei por causa da minha boca seca.
Estiquei o braço até a cômoda para poder ver a hora no meu celular, ainda tenho algumas horinhas de sono. Adoro!
Levantei sonolenta e passei a mão pela minha franjinha. Caminhei até a porta do quarto, a abrindo com delicadeza, coloquei a cabeça para fora e observei o corredor.
Minha mãe dorme no último quarto do corredor junto com o Ozzy, e meu irmão no quarto em frente ao meu. Não posso fazer barulho. Não quero acordar ninguém, só quero beber água.
Encostei a minha porta devagar, evitando qualquer possível ruído e segui de forma sorrateira até a cozinha.
Parece até que estou tentando fugir de casa, mas apenas quero passar despercebida. Espero ter conseguido.
Caminhei até a pia e vi um copo no escorredor. Ótimo, é esse mesmo que eu vou usar. Fui até o filtro, enchi o meu copo com água e o levei até a boca.
Olhei para a porta de vidro da cozinha e o céu estrelado chamou a minha atenção. Sem pensar muito abri a porta e sai para a parte externa de casa.
O quintal dos fundos é bem extenso.
Possui um gramado, uma árvore de ipê, a área da churrasqueira que tem uma mesa para oito pessoas feita de madeira, e algumas espreguiçadeiras.
Mas, não me atentei a esses detalhes, me atentei ao céu.
O céu está tão lindo. A luz da lua refletindo na piscina, as estrelas... Tudo perfeito!
Fechei meus olhos e senti o vento bater contra o meu rosto. Fiquei assim por alguns minutos. Me trás tanta paz.
Abri meus olhos lentamente, olhei para o meu copo vazio e suspirei. Ok Olivia, está na hora de voltar para a cama, você tem aula daqui algumas horas.
Assim que me virei para entrar novamente na cozinha, o susto veio.
É quase certo que meu coração parou por alguns segundos. Esse garoto realmente quer me matar.
— Que susto! — coloquei a mão no peito para em seguida fazer um sinal da cruz com os dedos. — Sai pra lá assombração.
Ele está encostado no batente da porta da área externa, provavelmente acabou de chegar aqui. Nathan está coçando o olho, parecia tão sonolento quanto eu quando desci.
O avaliei com cuidado.
Nathan está descalço, com uma calça de moletom preta, mas sem a camiseta dessa vez. Ele claramente faz academia, mas não parece ser uma daquelas pessoas focadas, que vão sempre. Digo isso porque ele não tem os famosos gominhos definidos, mas não deixa de ser bonito.
Acho que isso faz com que seu abdômen seja ainda mais bonito, porque é natural.
Suas tatuagens estão mais evidentes também. Uma delas pega toda a região do seu ombro até um pouco acima do cotovelo e a outra fica na região da costela, é bem extensa também. Por não enxergar eu não conseguia definir os desenhos, mas não importa. Eu não tenho interesse em saber mesmo.
O cabelo dele está todo bagunçado, e o Nathan não se importou em bagunçá-lo ainda mais, no momento em que reparou que eu o olhava com atenção.
Quando meus olhos focaram nos dele, o sorriso de canto apareceu.
— Tenho certeza que se fosse o seu fantasminha você não se importaria. — Nathan falou com deboche.
— Não mesmo, eu ia amar.
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Descobrindo o Amor
RomanceOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...