Capítulo 67: Quando começou?

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(Olivia)

17h20min – 03 de Setembro – Sábado

O caminho até o clube não é longo, mas em todo o percurso eu fiquei tentando adivinhar o que a Pamela poderia querer desabafar. Deve ser algo sério para ela precisar recorrer a mim, ela nunca foi de precisar de conselhos de ninguém.

Pam sempre agiu por conta própria, ela só ouvia a si mesma, e as opiniões de terceiros nunca foram importantes para ela. Só em pensar sobre isso a preocupação toma conta de mim. Espero que ela esteja bem, espero mais ainda que seja algo fácil de resolver, que tenha o que fazer a respeito.

Assim que entrei no clube a procurei com o olhar, eu não fazia ideia de onde ela poderia estar então fui para as áreas comuns do clube, como a lanchonete, a piscina e a quadra, respectivamente. E acabei a encontrando perto das quadras em um dos bancos que tinham ali.

Mas, a Pamela não estava sozinha. Não, a Pamela estava sentada no colo de um garoto. Um garoto que eu conhecia muito bem.

Pamela estava ali beijando o meu namorado.

Eles estão fazendo isso as claras, pra todo mundo ver. E não é o beijo que me enoja, é o ato! Pamela está se esfregando no colo dele, como se estivessem...

Cristo!

Muitas pessoas do clube me conhecem, conhecem ela e conhecem o Matheus por minha causa. Já nos viram aqui várias vezes juntos. Quantas dessas pessoas presenciaram essa cena inúmeras vezes e eu sequer fazia ideia?

E eles não parecem se importar com o público, parecem realmente estar aproveitando bem um ao outro. Parecem gostar de serem vistos.

Não bastava eu ser feita de corna, ainda tinha que ter público assistindo. Que caralho!

Me aproximei deles lentamente e tentei me manter firme, tentei me manter forte para aguentar tudo que está prestes a vir à tona.

— Então foi pra isso que me chamou aqui, Pamela? — questionei seriamente e assim que ouviu a minha voz, o Matheus empurrou a Pamela para longe e me olhou assustado.

— Não é nada disso que está pensando, princesa. — Matheus se levantou apressadamente e tentou se aproximar de mim.

Dei um passo para trás e meu olhar desviou para o volume evidente entre as suas pernas e subiu lentamente até o seu rosto. Olhei nos olhos do Matheus completamente decepcionada.

— Eu não estou pensando, eu vi! — murmurei.

— Fala pra ela, Pamela. — ele virou para a Pam que só nos olhava e sorria. — Fala pra ela que você me chamou até aqui e me agarrou. — Matheus pediu, quase implorou.

— Ah, para com essa ceninha ridícula. — Pam murmurou e passou os braços ao redor do pescoço dele. — Por que você não conta a verdade pra ela de uma vez?

— Que verdade, Matheus? — perguntei em um fiapo de voz.

— Que boi preso também pasta. — ela diz e gargalha ao olhar para o meu rosto.

— Para com isso, Pamela. — o Matheus sussurrou e me olhou.

Analisei o seu olhar e ali só tinha sinais de culpa. O que foi que você fez, Matheus?

— Não. Ela precisa saber. — Pamela me olhou debochadamente e jogou os seus cabelos sobre o ombro. — Você pegou o Nathan pra você, então eu peguei o seu namorado pra mim.

— Isso é tudo por causa do Nate? — questionei incrédula.

— Em partes... — Pam riu. — Eu meio que estava ocupada com os dois. Ai o Nathan parou totalmente de me satisfazer, então continuei apenas com o Matheus.

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