Capítulo 66: Que porra é essa?

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Dias depois...

14h40min – 03 de Setembro – Sábado

Quando a minha mãe me avisou que eu devia me arrumar, porque teríamos visita para o almoço, eu jamais pensaria que veria a mãe do Nate aqui em casa.

O Nathan chegou aqui com ela por volta das 13h:00min. No inicio, a Dona Ana estava insegura, eu estava tímida e o Nate estava empolgado e sorridente.

Dona Sandra ficou radiante por ter conseguido fazer a mãe do Nate vir passar um tempinho conosco. Minha mãe estava orgulhosa da amiga ter dado mais esse passinho.

Meu irmão e a Isa estavam felizes pelo Nate, porque sabiam o quanto isso era importante pra ele. E bom, eu posso admitir que fiquei com o coração quentinho quando vi o olhar admirado dele na direção da mãe. E o olhar terno dela pra ele...

Era realmente lindo ver a maneira que um olhava para o outro. Era nítido o quanto estavam se dando bem e o quanto estavam se esforçando para que o relacionamento voltasse a ser como antes.

O olhar de ambos mostrava a cumplicidade, o cuidado e a ligação que estavam adquirindo. E o principal, a confiança!

E, apesar de nunca termos conversado, de eu nunca ter tido essa oportunidade. Eu já tinha visto a mãe do Nate algumas vezes... Só que a nossa relação nunca foi próxima.

Até porque, eu e o filho dela não nos tratávamos bem. E outra, o Nate sempre foi melhor amigo do meu irmão, sendo assim, é compreensível a Dona Ana ter maior afinidade com o Léo e com a minha mãe.

Estávamos todos sentados na mesa da churrasqueira, em meio a muita conversa e em meio a muitas risadas.

Todos estavam distraídos e eu estava dando comida escondida para o Ozzy. Sim, ele estava embaixo da mesa, e eu sorrateiramente desviava um pedaço de alguma coisinha saudável do meu prato para dar pra ele.

Em uma dessas minhas tentativas, acabei pegando o Nate me olhando.

Encarei-o timidamente e fiquei confusa com seu olhar fixo em mim, mas acabei sorrindo quando ele gesticulou com os lábios "obrigado por ter me incentivado". Ele apertou a mão da Dona Ana e seu olhar pra mim era de total gratidão.

Dona Ana estranhou o seu gesto e seguiu o seu olhar, encontrando-o em mim. Ela abriu um sorrisinho fofo pra mim também. Que eu prontamente retribui.

Em seguida, ela resolveu voltar toda a atenção dela em mim. E foi ai que notei o quanto ela era simpática e adorável.

Conversando com ela no almoço, eu fiquei impressionada. A Dona Ana realmente é uma mulher incrível! Uma mulher fenomenal que não merecia passar por tudo que passou. Fiquei muito contente por saber que ela estava conseguindo se reencontrar e se reerguer.

E ficava envergonhada toda vez que ela puxava assunto comigo. Perguntando sobre os meus interesses, sobre meus planos futuros... Dona Ana parecia estar bastante interessada em mim, e eu não conseguia entender o porquê.

Mas, eu tentei não pensar muito nos motivos por trás de todos os seus questionamentos. Foquei mais na mulher resiliente que ela estava se tornando. Amei ouvir os seus relatos sobre o seu tratamento no AA, na psicóloga, sua relação com o Nate...

Quando eu deixei de ser o foco da conversa, resolvi sair um pouquinho da mesa para poder ir ao banheiro, e quando sai do mesmo acabei encontrando a minha mãe no corredor.

— Minha riqueza! — olho para a minha mãe que está sorrindo para mim. — Eu e a Ana vamos dar um pulinho lá no shopping, tudo bem?

— Claro! Se divirtam! — vou até a minha mãe e a abraço.

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