Olivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...
Para vocês terem a experiência parecida com a que eu tive quando escrevi esse capítulo. Eu sugiro que vocês ouçam a música "Vou te esperar do Cluster." <3
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18h47min – 03 de Setembro – Sábado
Estava me sentindo totalmente vulnerável e vazia ao mesmo tempo, era como se tivessem tirado todo o meu brilho de uma vez só. E ao olhar para o Nathan tenho certeza que ficou óbvio o vazio no meu olhar.
— Se não quiser que sobre pra você, é melhor sair daqui. — digo de forma seca, e me afasto de seu toque quando o Nate tenta limpar as lágrimas que insistem em molhar o meu rosto.
— Eu só quero te ajudar. — ele diz baixinho e me olha com preocupação.
— Devia ter pensado nisso quando optou por não me falar nada. — rebato amargurada e me levanto, caminhando para longe dele.
Olho para o céu assim que sinto uma gota atingir o meu rosto. Que ótimo momento para cair o mundo, não é mesmo? Ouço passos se aproximando de mim, e o Nate me vira gentilmente para ele.
— Eu entendo a sua raiva, mas eu não fiz nada, Ivy. — ele diz.
— Exatamente, Nathan, você não fez nada. — enfatizo. — Essa merda estava rolando desde junho! Você poderia até não saber disso desde o começo, mas você soube o que estava rolando. Você viu os dois agindo pelas minhas costas e não me alertou, Nathan. Não se importou o suficiente pra me mandar a real. — cruzo meus braços em frente ao peito e sinto a chuva me molhar.
— Você está enganada! — ele afirma e me encara. — Indiretamente eu te disse sim, você só estava cega demais pra entender e não se permitiu acreditar. Ou você já se esqueceu de que me interrompeu aquele dia no seu quarto? — Nate faz questão de me lembrar. — Eu estava prestes a te dizer ali, mas você não deixou eu terminar de falar. E quando eu tentei novamente, você acabou adormecendo nos meus braços.
Flashes de momentos nossos vem imediatamente a minha mente. Tudo que o Nate me falou nos últimos dias sobre o Matheus; ele falou com convicção.
Eu só evitei pensar no assunto, resolvi ignorar suas alfinetadas... Fiz isso porque achei que não precisava me preocupar, porque pensei que o Nate só estava falando aquilo por não simpatizar com o Matheus, por implicância besta.
Como eu fui tola. O Nathan tentou abrir os meus olhos e eu... Pequei ao deixar pra lá.
Deve ter um letreiro gigante colado na minha testa escrito: trouxa. Eu devo estar sendo motivo de piada pros dois até agora. Quer dizer... Acho que fui por esse tempo inteiro, por esses dois meses e, isso dói. Dói pra caralho!
— Então tentasse de novo, Nathan. — digo óbvia enquanto olho para os seus fios de cabelo molhados pingando em sua testa.
— De quê teria adiantado, me fala? — ele indaga com seriedade. — Se eu falasse pra você tudo o que eu vi eles fazendo e tudo o que eu ouvi dela, você teria acreditado em mim? Levando em conta todo histórico que nós dois tínhamos antes de virarmos amigos... Você teria acreditado na minha palavra? Você me ouviria, Ivy? Ouviria de verdade? — Nate me olha questionador.
