Capítulo 11: Apareceu a Margarida

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19h30min – 6 de fevereiro – Sábado.

— Deu certo, flor? — pergunta Malu assim que para ao meu lado. — Vocês se resolveram?

— Decidimos manter tudo na amizade. — respondo com um meio sorriso.

— E você acha que vai conseguir? — ela arqueou a sobrancelha.

— Sim coisinha!

— Mas ele é um puta de um gostoso! — Malu diz. — Eu no seu lugar jamais conseguiria, já teria pecado. — ela se abana com um pratinho de plástico.

Não consigo conter a risada.

— Você é terrível, garota! — balanço a cabeça e lhe lanço um sorriso.

— Sou mesmo. E amei ter dado uns beijinhos na boca na nossa brincadeira. — ela se gaba.

— Vai continuar com o garoto?

— Não, com nenhum deles. — Malu garante.

— Deles? — a olho chocada.

— Sim. O Bruno, o Henrique e o Ricardo.

— Você ficou quase com o grupinho todo e não quer nada com nenhum?

— A Rebeca também beijou todos eles. — Malu caguetou ao dar de ombros.

— Aquela garota que estava na piscina também, né? — Malu assente. — Ela estuda no primeiro colegial, certo?

— Isso. Ela é irmã da Karina da nossa sala, ai veio junto.

— Entendi. — solto um suspiro. — Sabe, apesar da crise que eu tive, eu gostei do dia de hoje. — abro um sorriso pequeno quando a Malu passa o braço ao redor do meu ombro. — Você realmente não pensa em dar uma chance para um dos garotos que beijou? — tento de novo. Vai que eu tire alguma informação dela, não é mesmo?

— Foram uns beijinhos só. — Malu garante e eu semicerro meus olhos para ela. — Sério flor, eu não me apego somente por causa de umas beijocas. A pessoa precisa de mais do que isso para me conquistar.

— Queria conseguir ser desapegada assim.

— As vezes te acho mais desapegada que eu, porque você é seletiva. Tipo, você também não quer levar adiante os beijos com o Guilherme, por exemplo. — Malu me lembra e eu assinto.

— Eu só acho que amizade conta mais que beijos na boca. — encolho meus ombros.

— Você podia ter os dois. — Malu sorriu maliciosamente e eu a empurrei para longe de mim. — Brincadeira, minha flor. — ela volta a me abraçar.

— Amo o fato de você ser assim e não se importar com julgamentos alheios.

— Por que, flor? — Malu me olha com curiosidade.

— Porque no geral, garotos podem pegar todas que são idolatrados, mas não é assim quando uma garota resolve agir como eles.

— É uma merda mesmo. — Malu revira os olhos. — Só que eu consigo aproveitar do mesmo jeito, e sabe o que faço com os comentários?

— Manda enfiarem no cu. — dou risada e a Malu ri também.

— Melhor coisa. — Malu assume. — E outra, está para nascer o garoto que vai me prender, flor.

— Ah, eu vou amar quando isso acontecer. — sorrio ao olhar para ela.

— Um dia meu príncipe encantado aparece. — Malu diz.

— Sim, em uma cavalo branco. — brinquei.

— Espero que ele não seja o cavalo. — Malu resmunga e me encara.

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