Capítulo 31: É brigadeiro?

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(Olivia)

Dias depois...

09h15min – 14 de Março – Domingo.

Não vou me acostumar nunca com a beleza desse lugar e nem com a sua calmaria. O céu azul, as árvores tão altas com folhas tão verdinhas, o desabrochar de algumas flores, esse cheiro de grama molhada... Estar longe de toda poluição e longe de todo estresse.

Estou caminhando por uma trilha quase chegando à cachoeira, eu já podia ouvir o barulho da água de longe, assim como o som dos pássaros.

Eu sei exatamente onde estou, conheço muito desse lugar apesar de não ter passado tantos dias assim aqui.

Já podia ver a queda da cachoeira e todas as pedras ao seu redor, eu estava encantada.

Me aproximei um pouco mais.

Quando olhei a minha volta e não vi ninguém, a inquietação começou a fazer morada em mim. Eu lembro que vim até aqui para encontrar com alguém.

Quem era esse alguém? Por que eu não consigo me lembrar?

Eu senti uma angustia tomar conta do meu peito e comecei a caminhar rapidamente até a cachoeira.

Quando parei próximo à margem pude ver o quanto a sua água era cristalina e ótima para um mergulho, eu queria muito entrar, mas sentia que não devia fazer isso sozinha. Precisava fazer isso junto à alguém... Mas quem? Eis a questão.

Olhei atentamente para a água e uma pessoa emergiu. Ele me olhou e começou a sorrir, era claro a felicidade no seu olhar, assim como a confusão no meu.

Ele me olhava com tanta intensidade, com tanta paixão... Que foi capaz de aquecer o meu coração. É como se ele dissesse através do olhar o quanto eu era linda, o quanto ele estava realmente feliz por me ver ali.

— O que você está fazendo aqui? — questionei receosa.

— Você veio me encontrar. — ele respondeu com o sorriso mais lindo que eu já vi. — Vem cá! — ele estendeu a mão para que eu entrasse na água.

— É fundo! — respondo olhando para o fundo d'água e volto a olhá-lo.

— Confia em mim, eu não vou deixar nada acontecer com você. — segurei em sua mão e ele me puxou delicadamente para a água.

— Por que estamos aqui, Nathan? — olhei para o seu cabelo molhado, para as gotas d'água que escorriam em seu rosto.

— Estamos no lugar que deveríamos estar. — ele me segurou pela cintura com uma das mãos enquanto arrumava minha franjinha com a outra. — Que tal um mergulho, minha linda?

Sorrio como resposta.

— Pode relaxar. — Nathan disse despreocupadamente. — Eu vou estar aqui o tempo todo. Não vou te largar nunca mais. — ele prometeu e me puxou para mais perto.

— Esse lugar é tão lindo... — me distraio com a natureza e acabo rindo quando ele enche meu rosto de beijos. — Para com isso, cara.

— Não consigo parar. — Nathan murmurou e eu neguei com a cabeça.

— E se nos distrairmos nadando? Isso ajudaria? — questiono risonha e ele solta um suspiro em desanimo.

— Estraga prazer! —  ele resmungou, mas logo sorriu.

Nathan voltou a segurar em minha mão e ambos mergulhamos.

Estava tudo tão perfeito.

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