(Olivia)
02h53min – 21 de Agosto – Domingo
A festa foi maravilhosa, eu aproveitei cada segundo que pude, e se eu pudesse continuaria na pista de dança por muitas horas, infelizmente não foi possível. Meus amigos foram embora um pouco depois da 01h00min.
A Malu foi para a casa do Luca e nem se eu quisesse, eu poderia dormir no Gui. O mesmo levou a Sophia para a sua casa, então tudo que me restou foi ir para o Nate mesmo.
Confesso que ainda tinha esperanças de não precisar voltar para a casa dele essa noite. Mas não tive escapatória... Quero ver como vou falar sobre isso com o Matheus sem que ele pire.
Não que ele tivesse algum motivo plausível para isso, até porque meu irmão está em um dos quartos com a Isa, o Gabriel está em outro com a Luana, Nate ficou no dele junto com o Snow e deixou o quarto da mãe dele para mim.
A Dona Ana não ia voltar pra cá, ela resolveu passar uns dias em um resort junto com algumas amigas. Basicamente, ela deixou a casa livre para que o filho fizesse o que ele quisesse.
Quero nem pensar o que deve estar rolando nos outros cômodos dessa casa.
Estou girando na cama há minutos, eu queria conseguir dormir, mas parece impossível com o mau jeito que dei durante uma das danças. Tenho certeza que aquela fisgada no pescoço me dará torcicolo. Preciso urgentemente de um relaxante muscular. Tenho sorte por ser prevenida e ter trago uns comprimidos de dorflex comigo.
Só preciso de água.
Levanto-me rapidamente, pego um comprimido na minha mochila, sigo até a porta e para que não faça nenhum ruído, a abro com cuidado. Caminho nas pontas dos pés até a cozinha.
Assim que chego nela, eu fico encarando os armários, onde ficam os copos? Por que não podia ter um no escorredor?
Droga!
Talvez fiquem próximos da pia, pelo menos lá em casa ficam. Abro com cautela a repartição e sinto-me aliviada quando vejo inúmeros copos ali. Pego o copo, coloco um pouco de água do filtro e ingiro o remédio.
Depois abro a torneira para poder lavá-lo bem. Deixo ele no lugar que o encontrei, ou seja, dentro do armário e caminho para a sala.
Olhei para o sofá e abri um sorrisinho ao ver o Snow enroladinho nas almofadas.
— Você deixou seu dono dormindo sozinho, bolinha de neve? — cochicho baixinho para mim mesma já que o gatinho está no vigésimo sono e eu acabo soltando um risinho nasalado. — Definitivamente sou sua fã, Snow.
Apoio minhas mãos no encosto do sofá e respiro devagar e profundamente.
Tento alongar um pouco o pescoço, inclinando-o para o lado e ao fazer isso eu escutei um estalo ecoar pelo cômodo.
Virgem santíssima! Quebrei!
— Ai! Eu senti a sua dor daqui. — me assusto assim que ouço a voz do Nate e olho para a escada.
Ele está encostado no corrimão, os braços estão cruzados na frente do corpo, deixando seus músculos mais evidentes. Ele está usando uma camiseta preta lisa e uma calça de moletom cinza. O cabelo está bagunçado e seu olhar demonstra a sua aflição.
Eu até daria risada se o meu pescoço não tivesse latejando tanto.
— Está doendo mesmo! — choramingo ao apertar a região. — O que faz aqui? — pergunto ao me virar de costas para ele e volto a alongar o meu pescoço.
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Descobrindo o Amor
RomanceOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...