Capítulo 22: Festa a fantasia

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15h17min – 22 de fevereiro – Segunda.

Ainda bem que hoje não mandaram nada para que fizéssemos em casa para entregar, bom... Até mandaram, mas eu finalizei em sala de aula mesmo, queria pelo menos uma tarde livre. Uma tarde para mim.

E estou aliviada por estar tendo.

Estou deitada na minha cama com meus fones, ouvindo "Linda Bagunça" da Priscilla Alcantara enquanto escrevo no meu caderno. Eu sou uma completa confusão e preciso colocar tanta coisa para fora, tirar esse peso das costas.

Poema

Um amor que se acaba

De gente que nada

Da vida passada

Jamais esperou

É gente que chora

Perdeu quem adora

Pois só agora descobre que amou

Essa gente que amando

No amor vai pensando

Tentando esquecer

Esquecer que é gente

Que chora e que sente

E nem ao menos consente que tem que sofrer

Sofrer para ver que é linda

Essa gente que ama

Que espera uma chama que as vezes se inflama

Do amor que perdeu

Essa gente sofrida que pensa que a vida

É uma simples corrida

Essa gente sou eu.

Fico tão entretida ao colocar todos os meus pensamentos no papel, que chego a me assustar quando a música é interrompida por uma chamada no celular.

Olho para a foto que aparece na tela do meu celular e abro um sorriso.

— Fala, meu lindão! — sorrio para o teto enquanto escuto uma risadinha do outro lado da linha.

— Você poderia me fazer um favor, pequena? — pergunta o Léo, ele parece afobado, parece estar caminhando ou algo assim.

— Se estiver ao meu alcance, faço sim. — respondo fechando o caderno e o colocando na minha cômoda.

— Então, sabe o que é... — ele começa, mas faz uma pausa. — Você conhece o irmão que tem e como melhor irm...

— Léo, não enrola, fala de uma vez. — digo sem paciência.

— Eu não pediria isso pra você se não fosse importante, juro! — ele diz parecendo receoso.

— Desembucha, Leonardo! — peço.

— Você se lembra que fui semana passada fazer um trabalho no Nate? — ele começa com certa cautela.

— Sim, o que eu tenho com isso? — pergunto indiferente

— Eu meio que não falei tudo. — ele suspira. — Eu fiz sim trabalho lá, mas acabei arrastando o Nate comigo para comprar o presente de aniversário de namoro pra Isa.

Esqueço que eles fazem trocas fofas de presentes todos os meses. Será que quando eu namorar vou ser assim?

Ai, não. Deus me livre!

Descobrindo o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora