(Olivia)
14h30min – 21 de Agosto – Domingo
Cara, eu tive um sonho tão estranho noite passada. Porque com toda certeza aquilo havia sido só um sonho.
Pareceu real? Pareceu, mas deve ter sido só fruto da minha imaginação.
A cama está tão gostosa que tenho até preguiça de despertar por completo. Mexi um pouco meu corpo e percebi ser um grande erro.
Parecia que tinham jogado um tijolo contra ele. Sério, meu corpo está todo dolorido!
Abri meus olhos lentamente e quando eles deixaram de ficar embaçados senti um incomodo por conta da claridade que vinha da janela do quarto.
Me atentei a cada detalhe do lugar tentando reconhecê-lo, e quando me dei conta de que estava na cama de casal da mãe do Nate, é que eu despertei totalmente.
Ai. Meu. Deus.
Virei meu rosto rapidamente para o meu lado e me deparei com o rosto sereno do Nathan.
Não foi um sonho. Não foi um sonho. PUTA QUE PARIU!; quando fico completamente sã, a culpa invade todo o meu ser.
Que merda eu fiz, Deus?
Há dois anos atrás, quando a Pam beijou o Nate estando com o Felipe, eu me senti mal pelo Lipe. Agora, estando na mesma situação... Não. Estando em algo bem pior... Eu só consigo sentir vergonha de mim mesma e da minha impulsividade.
Eu nunca mais julgo ninguém na minha vida.
Passo a mão pelo meu rosto, me sentindo mal pra caralho e frustrada pra caramba. Eu não devia ter me deixado levar... Não devia ter sido tão fraca, eu deixei o desejo falar mais alto.
E ferrei com tudo!
Não só com a amizade estranha que tenho com o Nate, mas eu não podia ter feito isso com o Matheus. Ele não merecia isso. Ninguém merece isso.
Imediatamente me sento e fico o encarando por um momento. O Nathan está respirando profundamente, parece estar realmente exausto.
Seus braços estão jogados acima de sua cabeça, seu cabelo está completamente bagunçado e o edredom está o cobrindo do quadril para baixo. Desviei meu olhar para o seu rosto e notei que um sorriso pequeno se fazia presente no canto de seus lábios.
Seja lá com o que o Nate esteja sonhando, o sonho deve estar sendo muito bom, e eu não quero estar aqui quando esse sonho acabar e ele acordar.
Verifico se todas as minhas roupas estão por perto, e quando encontro cada uma delas, sigo as pegando sem fazer um barulho sequer. Com todas em mãos, começo a me vestir com toda rapidez que existe em mim, mas não deixando de ter cuidado. Afinal, eu não quero correr o risco de acordá-lo.
Eu só preciso sair logo daqui! E tudo ficará bem.
Deixo apenas o coturno em minhas mãos. Não posso colocá-lo agora, senão farei muito barulho. Quando eu estiver fora desse quarto, quando eu estiver na rua, eu o coloco. Pego a minha mochila na poltrona do quarto, e sigo nas pontas dos pés até a porta, girando a chave lentamente até ouvir o sutil barulho que faz.
Abro a porta vagarosamente, e olho para trás para verificar se o Nate ainda está dormindo. E sim, ele está. Ele apenas se remexeu um pouco e resmungou alguma coisa ao mudar de posição.
Agora ele está de bruços e seu braço está ocupando o lado vazio da cama, onde eu deveria estar. Balanço a cabeça para esvaziar meus pensamentos e saio do quarto, fechando a porta com cautela.
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Descobrindo o Amor
Любовные романыOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...