(Matheus)
08h11min – 19 de Junho – Sábado
Logo que acordei, o Luca e o Gui já estavam a postos no banheiro, um brigando com o outro para ver quem faria suas higienes primeiro.
Havia uma disputa bem acirrada, e eles não mediam esforços para estapear um ao outro com o intuito de se ver no espelho.
O Luca era porque queria ficar bonito para a Malu. Ontem, assim que voltei para o quarto fiquei sabendo que ele finalmente tomou a iniciativa para algo que queria fazer há um bom tempo.
O Gui estava arrumando os cachos, porque queria estar apresentável para se despedir da menina do quiosque. Ele descobriu que ela também estava hospedada aqui na pousada, porém o lance dele não teria como subir a serra, uma vez que a garota morava em Florianópolis, e iria partir hoje pela manhã para o Rio de Janeiro.
Enfim... Agora é só esperar o banheiro ficar disponível para eu poder me arrumar também.
Confesso que estou bem ansioso. Eu realmente não via a hora de encontrar a minha princesa.
Hoje é o dia dela e espero que seja um dia especial. Pelo menos, eu quero fazer de tudo para que seja. Torço realmente para que não tenha nenhum tipo de contratempo ou algo que cause certo desconforto entre nós.
— Se quiser usar, está livre. — Luca disse assim que passou pela minha cama e seguiu para a porta do quarto. — Antes que você pergunte, eu estou indo na frente, porque quero tirar o atraso. Se é que me entende... — Luca explicou com um sorrisinho sugestivo, piscou para mim e fechou a porta.
Dou uma risadinha baixa, me sento na cama, pego minha troca de roupa e caminho para o banheiro.
Paro ao lado do Gui, que me olha de soslaio enquanto escova os dentes.
— Eu ouvi o som do violão ontem... — Gui começou a falar depois que enxaguou a boca. — Deu certo? — ele virou pra mim e eu arqueei a sobrancelha. — O pedido, Matheus.
— Ah, claro. — abro um pequeno sorriso. — Deu sim. Agora é oficial!
— Já era hora. — Gui deu uns tapinhas no meu ombro. — Cuida dela, firmeza? — ele pediu.
— Sempre, cara.
— E vê se não faz nenhuma merda, ok? — soou como um conselho, mas pude sentir o tom de aviso também.
— Pode ficar sossego. Eu jamais faria algo que magoasse a Olivia. — fiz questão de garantir.
Gui maneou a cabeça, secou a boca e saiu do banheiro. Estando completamente sozinho, eu me troquei e fiz minha higiene matinal.
Depois de ter feito tudo, fechei o quarto e segui para o chalé das meninas.
Quase todos que vieram na viagem estavam ali, conversando animadamente. A maioria estava sentada em frente ao quarto, alguns na espreguiçadeira e outros no pequeno degrau que tinha ali.
Quando a Olivia me viu, ela se levantou, abriu um sorriso fofo pra mim e correu em minha direção.
Quando ela pulou no meu colo, eu acabei cambaleando para trás, segurei-a por um breve momento, mas logo a coloquei no chão.
Lhe dei um selinho suave e ela acariciou o meu rosto.
— Essa felicidade toda é pelo aniversário, é? — questiono, risonho.
— E por te ver também. — ela falou baixinho.
Desviei o olhar para o seu pulso e acabei sorrindo ao ver a minha pulseira envolvendo-o. Em seguida, minha atenção foi para um acessório em seu pescoço. Um colar de Saturno que eu nunca havia visto ela usar.
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Descobrindo o Amor
RomanceOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...