(Nathan)
19h30min – 3 de Abril – Sábado
— Minha maninha se arrumando para outro encontro, quem diria. — ouço Léo falar enquanto estou deitado na cama de seu quarto com a barriga para cima.
— E você está de boa com isso, cara? — coloco o braço em baixo da cabeça e viro para olhá-lo.
— Sinceramente? — encorajo-o para que continue. — Estou tentando ficar tranquilo, até porque não conheci o cara ainda. — ele diz enquanto joga uma bolinha para o alto.
O ciúme do Léo sempre foi moderado, seja com a irmã ou com a namorada.
Ele sempre se preocupou. Sempre ficou de olho. Sempre foi protetor com a Olivia. Sempre cuidou dela, mas nunca se intrometeu, apenas a aconselhou. Creio que não será diferente agora.
— Ainda bem que eu não tenho irmã. — murmuro para mim mesmo.
— Ainda bem que não é você que está com a minha irmã. — Léo revida em um resmungo.
Se eu te contasse o que já fiz com a sua irmãzinha...
Só esse pensamento me leva para as duas noites que tive com ela... E automaticamente acabo mordendo o meu lábio ao recordar o beijo que demos agora pouco.
Eu devia me amaldiçoar por isso, principalmente por estar sorrindo pelas lembranças.
— Por que está sorrindo? — Léo questiona, confuso.
— Só me lembrei de uma parada, mas nada importante. — dei de ombros.
— Desde quando você sorri por nada? — solto um suspiro longo. — Não quer compartilhar o que está rolando?
O que está rolando meu amigo, é que tentei me manter afastado da sua irmã. Tentei ignorá-la. Tentei ser o babaca de sempre, mas parece que perdi o controle sobre meu próprio corpo, já que ele não me obedece mais...
— Não é nada, Léo. — minto. — Mas e ai, esse cara não vai aparecer? — falo impaciente.
— Ele já deve estar para chegar. Quer descer comigo para conhecê-lo? — ele pergunta ao se levantar.
Não perderia isso por nada.
— Quero ver quem é o corajoso. — debocho, me levantando também.
— O sortudo você quis dizer, não é? — Léo vem na minha direção e desfere um tapa na minha cabeça.
— É brincadeira pô! Precisava disso?— questiono ao passar a mão na região do tapa.
Ele abre a boca para responder, mas é interrompido não apenas pela campainha, como também pelo grito da tia Sandra.
— Filho, atende pra mim, por favor?
— Estou descendo, mãe — Léo grita de volta. — Vamos lá, cara. — ele dá uns tapinhas no meu ombro e seguimos para a escada.
Passamos pelo quarto da Olivia, mas a porta estava fechada.
Eu não me surpreenderia se ela aparecesse na sala com seu moletom. A Ivy não parece se importar muito com isso e não deveria mesmo. Combina muito com ela.
Assim que pisamos na sala, eu me acomodei no sofá enquanto o Léo foi recepcionar o tal garoto.
Quando o cara colocou os pés para dentro da casa... Só de olhar para ele, eu tive a certeza de que o garoto é um playboyzinho.
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Descobrindo o Amor
Любовные романыOlivia sempre foi considerada como "duff" no colégio em que estudava. Mas, depois de passar as férias no Canadá, ela voltou para o Brasil mais confiante e com uma aparência totalmente diferente da que tinha antes. Desde a sua volta muitas mudanças a...